Pronunciamento

Kennedy Nunes - 007ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 21/02/2008
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, público que nos acompanha pela TVAL e pela Rádio Alesc Digital, colegas de imprensa e funcionários da Casa, ontem, quando conclamei os políticos a lerem a Lei n. 9.504, que é a lei que rege o porquê de estarmos aqui, parece que caiu como uma bomba na cabeça de algumas pessoas que talvez não a tenham lido. Quando fiz alusão à Bíblia foi exatamente por isso, porque para mim a Lei n. 9.504 é uma coisa séria. Mas só venho aqui em nome do partido, porque depois vou dividir o meu espaço com o meu nobre líder, deputado Silvio Dreveck, para falar sobre algo que o deputado José Natal trouxe ontem com relação ao advogado Gley Sagaz.
Entendo perfeitamente o desespero de vocês, governistas, em fazer todo tipo de estardalhaço para tentar mudar a opinião pública. Entendo perfeitamente o desespero do deputado José Natal de uma cassação do governo. Entendo perfeitamente! Agora, não vou permitir que venham querer denegrir ou falar alguma coisa com relação ao trabalho de pessoas que estão fazendo o seu papel.
Só quero dizer à base governista e aos partidos de apoio ao governo: gritaria, jantares, passeatas, cartas de apoio de entidades não são agregadas ao projeto. Não são juntados ao processo! O processo está lá com provas de vídeo e provas escritas de crimes eleitorais que ocorreram durante e antes do processo da campanha, com promoção pessoal.
Então, tudo isso que estão fazendo vale para a opinião pública, não para o processo. Vir aqui e querer desmontar - aliás, essa é a prática do governo, querer sempre desmontar a denúncia. Essa é a tática, quando você não consegue desmontar a denúncia, busca a vida do denunciante, porque aí vão dizer que quem está denunciando fez isso, fez aquilo!
Eu faço como Jesus - cito a Bíblia novamente. Nada como uma quinta-feira pela manhã para citar a Bíblia; aliás, eu a tenho todo o tempo. Lembro de uma vez em que Jesus chegou à beira da praia e trouxeram-lhe uma mulher em pecado, apanhada em adultério flagrante, e a lei dos escribas dizia que ela deveria ser morta, ser apedrejada. Daí os homens, sr. presidente, chegaram a Jesus para pegá-lo num ponto fraco - pois queriam pegá-lo num ponto fraco e não conseguiam - e disseram: "Está aí esta mulher pecadora, que foi pega em flagrante adultério. E a lei manda apedrejar. E tu, o quê dizes?" Jesus, numa perspicácia tremenda, extraordinária, voltou às costas a eles e disse: "Quem não tiver pecados, que atire a primeira pedra." Voltou-se e começou a escrever na areia. E a Bíblia diz que um a um, soltando as pedras, foram embora, ficando a sós Jesus e a mulher.
Então, desmontar quem denuncia é a prática de quem já a abraçou. "Bom, não temos mais saída; agora, vamos tentar mudar a opinião pública, mudar quem denuncia". Mas não vale esse tipo de manifestação que está sendo feita, todo tipo de carta ou estardalhaço que seja feito, se é tapetão ou não, porque nada disso vai ser juntado ao processo. Agora, se vocês tiverem algo para juntar ao processo contra as provas que estão lá nos Autos, então, que o façam. Façam pelas medidas judiciais.
Gostaria também de dizer ao deputado José Natal que segundo o nosso advogado, dr. Gley Sagaz, ele estará buscando o que lhe é devido na Justiça.
Então, essa é a palavra do partido.
O restante do horário do partido será usado pelo nosso líder, sr. deputado Silvio Dreveck.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)