Pronunciamento

Kennedy Nunes - 045ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

Em 07/11/2007
O SR. PRESIDENTE (Deputado Julio Garcia) - Assim sendo, consultamos os srs. líderes no sentido de saber se concordam com a proposta apresentada pelo deputado Pedro Uczai.
(As lideranças aquiescem.)
Havendo concordância dos srs. líderes, a moção passa a ser também dos líderes de bancada desta Casa.
Continua em discussão.
(Pausa)
Não havendo mais quem a queira discutir, encerramos sua discussão.
Em votação.
Os srs. deputados que a aprovam permaneçam como se encontram.
Aprovada, na forma mencionada.
Moção de autoria do deputado Herneus de Nadal, a ser enviada aos integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense, solicitando a inclusão no Orçamento da União de recursos financeiros destinados à realização de obras de manutenção, melhoria e ampliação da rede de saneamento básico da região oeste de Santa Catarina.
Em discussão.
(Pausa)
Não havendo quem a queira discutir, encerramos sua discussão.
Em votação.
Os srs. deputados que a aprovam permaneçam como se encontram.
Aprovada.
Moção de autoria do deputado Herneus de Nadal, a ser enviada ao ministro das Comunicações, ao presidente da Anatel e aos integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense, solicitando a revisão das tarifas praticadas pelas empresas operadoras de telefonia rural móvel.
Em discussão.
(Pausa)
Não havendo quem a queira discutir, encerramos sua discussão.
Em votação.
Os srs. deputados que a aprovam permaneçam como se encontram.
Aprovada.
Moção de autoria do deputado Joares Ponticelli, a ser enviada ao presidente da Cooperativa Agropecuária de Tubarão - Copagro -, cumprimentando-o pela iniciativa de produção da linha de palmito real gourmet, extraído da palmeira real, para consumo nos mercados interno e externo.
Em discussão.
(Pausa)
Não havendo quem a queira discutir, encerramos sua discussão.
Em votação.
Os srs. deputados que a aprovam permaneçam como se encontram.
Aprovada.
Pedido de informação de autoria do deputado Pedro Uczai, a ser enviado ao diretor-presidente da Fatma, solicitando informações sobre o Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório do Impacto Ambiental - Rima -, para funcionamento da pedreira Pedrita, localizada no bairro Rio Tavares, sul da ilha de Florianópolis.
Em discussão.
(Pausa)
Não havendo quem o queira discutir, encerramos sua discussão.
Em votação.
Os srs. deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
Aprovado.
Pedido de informação de autoria do deputado Reno Caramori, a ser enviado ao secretário de estado da Educação, solicitando informações sobre os aprovados no concurso público para prover vagas do quadro de pessoal do Magistério Público Estadual.
Em discussão.
(Pausa)
Não havendo quem o queira discutir, encerramos sua discussão.
Em votação.
Os srs. deputados que o aprovam permaneçam como se encontram.
Aprovado.
Não há mais matéria na pauta da Ordem do Dia.
Passaremos à Explicação Pessoal.
O primeiro orador inscrito é o deputado Kennedy Nunes, por até dez minutos, na forma do Regimento.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, público que nos acompanha, assomo à tribuna para falar, até porque eu ouvi o deputado Darci de Matos falar desta tribuna sobre o assunto, sobre o relatório da viagem que foi feita pela comitiva oficial liderada pelo governador Luiz Henrique da Silveira aos países da Rússia, Japão e Estados Unidos. Por determinação da Mesa, houve a participação de quatro deputados: dois da base de sustentação, os deputados Darci de Matos e Antônio Aguiar, e dois da Oposição, os deputados Jailson Lima e este deputado, os quais foram designados a acompanhar essa comitiva.
Até para que as coisas fiquem muito claras, eu quero fazer um relato, sem qualquer tipo de paixão política, pelo fato de eu estar sendo Oposição ou não. O que eu pude concluir na Rússia, deputado Dirceu Dresch, é que há intenção do governo do estado em agilizar a liberação para a exportação de carnes e de trazer para Santa Catarina, na terra da deputada Ana Paula Lima, uma extensão da faculdade de música de lá, um conservatório famoso no mundo inteiro, no Teatro Carlos Gomes, assim como existe em Joinville uma extensão da Escola de Teatro Balé Bolshoi. E o prefeito João Paulo Kleinübing foi junto também com os secretários, com os diretores do teatro, para que pudesse ser feita essa conversa entre a direção do conservatório e o pessoal do teatro.
O governador foi na Escola de Teatro Bolshoi de Joinville, juntamente com o pessoal da escola, para convidar representantes da mesma para que participassem da formatura da primeira turma, agora, no dia 6 de dezembro. A parte que eu fiquei mais impressionado nessa viagem, o resultado do trabalho, foi a visita ao Japão, numa conversa com o banco desse país, com o Mitsui, como já foi dito aqui.
Agora, deputado Joares Ponticelli, nós precisamos deixar bem claras as coisas aqui. Quando se ouve, por parte do governo, sobre o relatório da viagem, deputado Nilson Gonçalves, parece que nós já viemos de lá com as malas cheias com um valor de US$ 400 milhões para fazer saneamento básico em Santa Catarina, o que não é verdade!
O japonês é muito organizado, muito programado e programático. Ele não investe qualquer coisa, não! É por isso, talvez, que ele seja a terceira potência do mundo. Mas o Japão está prestes a emprestar para o estado de Santa Catarina US$ 400 milhões, um dinheiro grande, para fazer saneamento básico, principalmente nas cidades litorâneas, a juros de 0,5% ao ano, com uma carência de oito anos para começar a pagar e 30 anos para pagar.
Quando se fala isso, pensamos logo que as obras irão começar amanhã, porque a comitiva foi lá e já trouxe o dinheiro. Na verdade, não existe da missão nenhuma questão prática. Houve o reforço de contatos com esses bancos para esse tipo de financiamento ou investimento. Houve o contato com empresários mostrando as qualidades e as potencialidades do estado, mas não houve nada prático!
Mas vocês podem me perguntar se não valeu a pena ir ao Japão. Valeu. É preciso ir, é preciso vender, no bom sentido, o estado de Santa Catarina, deputado Renato Hinnig. Se ninguém for, ninguém vai saber, lá em Tóquio, no Banco Mundial, que existe um estado no Brasil que se chama Santa Catarina e que possui condições para esse tipo de aplicação de recursos.
Se ninguém fosse a Los Angeles, deputado Professor Grando, oferecer Santa Catarina com suas potencialidades turísticas, praia, neve, deserto, o oeste, não teríamos, por exemplo, as empresas de filmes, sabendo que aqui no sul do Brasil há um estado que é Santa Catarina e que possui essas potencialidades. Agora, eles não estão olhando para Santa Catarina, deputado Sargento Amauri Soares, porque é boazinha, não. É porque as grandes produtoras de filmes não estão mais podendo filmar nos Estados Unidos. A locação de espaços públicos não está mais sendo aprovada. Não se consegue mais fechar uma rua nos Estados Unidos para fazer um filme porque o caos no trânsito é tão grande que é inviável, principalmente no estado da Califórnia, fazer qualquer tipo de locação pública para a realização de um filme.
Por isso que eles partiram para os países da Europa e da Austrália. E o custo para rodar um filme é muito alto, porque é em euro, no caso da Europa. O fuso horário também atrapalha os atores, as atrizes, que não conseguem mais viver com essa mudança de fuso horário.
Então, fugindo dos países da Europa e da Austrália e não podendo fazer nos Estados Unidos, eles vêm para a América Central e para a América do Sul. Eles vêm para o Brasil por algumas razões, segundo eles, deputado Dirceu Dresch. Primeiro, porque a qualidade de mão-de-obra no Brasil na informatização é excelente, o clima é parecido com o dos Estados Unidos, o fuso horário é pequeno e melhor, lá nos Estados Unidos o camarada trabalha a hora contratada e vai embora, mas aqui eles dizem que é possível a pessoa estar envolvida no trabalho o tempo todo, até terminar a sua missão. Logo, a vinda desse pessoal a Santa Catarina não é de graça. Eles estão vindo para cá porque estão correndo de onde não conseguem mais fazer filme. Por outro lado, se lá o nosso estado não fosse vendido e mostrado, o que aconteceria? Ao invés de vir a Santa Catarina, iriam para a Bahia, para o Ceará ou para outro estado mais conhecido turisticamente.
Neste ponto está certo o governo do estado em vender e fazer propaganda de Santa Catarina, assim como foi feito para os empresários tanto da Califórnia como da Flórida, como também lá no Japão, onde tivemos um encontro com empresários.
Agora chega de propaganda! Vamos lavar a roupa suja aqui em casa! Quero dizer ao governador Luiz Henrique que é claro que eu o ouvia falar de Santa Catarina mostrando para os empresários e para as pessoas o lado bom. Não é porque eu sou oposição, deputado Joares Ponticelli, que ia chegar lá, onde havia 50 empresários japoneses vendo as potencialidades do estado de Santa Catarina, e dizer que aqui estão fechando escolas, que aqui há hospital que não abre. Não! É claro que vou ajudar a vender o estado.
Mas agora a realidade é outra! Vamos arregaçar as mangas e trabalhar! Vamos ver que a Lei n. 254 não foi cumprida ainda e que isso causa prejuízo à Segurança Pública. Vamos ver, por exemplo, que em Joinville há um hospital materno-infantil e que agora o Ministério Público intentou uma ação civil pública para tentar colocá-lo em funcionamento. Vamos ver que o hospital, a clínica, o pronto atendimento de Araquari estão há quatro anos fechados e que agora vão fazer a reforma da reforma, porque lá já foram investidos R$ 500 mil e não foi nada resolvido.
Então, agora vamos lavar a roupa suja, vamos ver as necessidades do estado. Os empresários lá fora já viram o lado bom. Santa Catarina tem lado bom? Tem, sim, lado bom. E o melhor lado de Santa Catarina é o povo catarinense. É o povo que faz este estado. Agora, vamos chegar aqui e saber da realidade! Vamos chegar aqui e saber que todos aqueles dados que são apresentados valem para vender Santa Catarina, mas a nossa realidade é diferente! Nós temos necessidades básicas, que devemos discutir neste plenário!
O balanço da viagem que eu faço é o seguinte: o governador é um grande propagandista do estado de Santa Catarina. Gostaria eu que fosse um grande administrador deste estado, para que não ficássemos penando em cima de tantas coisas básicas que faltam para a sobrevivência dos catarinenses.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)