Pronunciamento

Kennedy Nunes - 034ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 03/05/2007
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sra. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, público que nos acompanha, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital e colegas de imprensa, quero falar, hoje, sobre dois assuntos.
O primeiro está relacionado com a minha profissão de jornalista, juntamente com outros nobres colegas que estão aqui.
Hoje é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa - a nossa liberdade, a liberdade da imprensa. E há um questionamento, na verdade, até onde nós temos liberdade no exercício das nossas funções. Na batalha de interesses, nós, repórteres, temos sempre que brigar: ou com a parte comercial ou com a direção dos veículos, porque, muitas vezes, as matérias que porventura poderão ser publicadas não vão ao encontro e sim de encontro aos interesses de certos donos dos veículos de comunicação.
O jornal Diário Catarinense de hoje traz uma matéria com a manifestação de alguns jornalistas, que colocaram esparadrapos na boca para dizer que nós, jornalistas, temos as nossas dificuldades em publicar aquilo que realmente interessa à população.
Como jornalista que sou, formado pelo Instituto Luterano de Santa Catarina e atuando na área desde os meus 15 anos - estou com 37 anos e, portanto, já faz uma boa caminhada que estou nesta lida de rádio, de jornal e de televisão -, eu quero deixar aqui o meu respeito a todos os colegas que fazem da imprensa o seu dia-a-dia. E não falamos só das pessoas que estão escrevendo, redigindo ou fazendo as matérias, pois quando falamos em imprensa é todo um conjunto, desde os cinegrafistas, os repórteres fotográficos, até os editores e redatores.
Então, sintam-se homenageados, hoje, no nosso dia, no dia em que nós pedimos a liberdade de expressão. E essa liberdade de expressão eu só encontrei no Parlamento, seja municipal ou estadual. Aqui neste microfone eu tenho a verdadeira liberdade. O meu mandato me dá isso, o que muitas vezes não acontece no exercício da minha função. Deputado José Natal, nós gostaríamos de poder denunciar muitos fatos e, às vezes, há uma matéria bonita, recheada, completa, e o redator manda colocá-la na gaveta e esperar para ver se vamos publicar ou não.
Eu não estou dizendo algo aqui que é novidade. Isso é uma constante do nosso dia-a-dia, pois pode não dar certo porque é um patrocinador que ajuda a pagar a nossa folha de pagamento; porque tem que cortar um pouco a matéria, pois entrou rapidamente uma publicação de uma morte ou de um dinheiro público. E toda essa briga, no bom sentido, entre a redação e a parte comercial ou a direção dos veículos de comunicação, existe no cotidiano.
Ainda na semana passada, um jornalista de Santa Catarina me dizia que a cabeça dele ficou a prêmio por uma nota que ele colocou em um veículo de comunicação no qual trabalhava.
Ainda temos isto: há pouco tempo, nós tivemos a notícia de jornalistas que foram demitidos de determinado veículo de comunicação porque havia uma interferência do governo estadual em cima disso. Isso é repugnante e não pode acontecer porque é uma mordaça que, muitas vezes, colocam na boca dos profissionais de rádio, televisão e jornal. E ao invés de estarem denunciando, têm que estar ligados aos interesses dos meios de comunicação.
É por isso que deixo aqui registrado, como membro, como ainda na ativa como jornalista, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Não vamos longe, como à questão dos países que estão em guerra. Vamos ficar aqui no nosso curralzinho mesmo, onde temos também os mesmos problemas, não evidenciados nessa questão que falamos de guerra.
O segundo assunto, sra. presidente, que gostaria de falar aqui é que no final de semana passado aconteceu o 25º Encontro de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, em Camboriú, que reuniu pessoas do mundo inteiro. Camboriú tem, em média, 35 mil habitantes, deputada Odete de Jesus, e nesses dias de festa chega a receber 180 mil pessoas. Ou seja, seis vezes o número de habitantes da cidade.
Há só uma informação importante que observei: eles transmitiram, via internet, o encontro dos gideões missionários, e até segunda-feira à noite o setor responsável pela hospedagem desse site registrou 60 países que tiveram acesso ao site dos gideões missionários. Foram 320 mil acessos. Só no Brasil, 280 mil pessoas, deputado Reno Caramori, acompanharam, via internet, o Encontro de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, de Camboriú, que é liderado pelos pastores Cesino Bernardino e Reuel Bernardino.
Eles mantêm - e isso acontece em diversos países - aqui no Brasil, na Amazônia, por exemplo, 600 famílias que têm as suas vidas em prol de missões. Lá em Manaus, na região do Amazonas, existem dois ou três barcos hospitais, clínicas, que andam pelos rios atendendo os vilarejos e também a população ribeirinha da Amazônia. Portanto, são dois ou três barcos, que são verdadeiras clínicas não só odontológicas, mas também hospitalares!
Esse é o trabalho fantástico que os gideões missionários realizam. E como é que eles realizam? O pastor Cesino Bernardino teve um projeto de reunir as pessoas no Brasil para evangelizar o mundo. Fazemos parte disso e o nosso grupo musical Dedos de David participa desde o primeiro Congresso - e são 25 edições agora.
A cada ano, sábado ou domingo vão lá os governadores para prestigiar. E daí eles prometem que vão aumentar o ginásio, assinam o documento na presença de milhares de pessoas, e fazem e brincam com o povo. Quando chega novamente a época de mais um encontro dos gideões, o ginásio continua do tamanho que ele estava no ano passado. Daí estendem, deputado Jandir Bellini - e v.exa. conhece, que é da sua região -, lonas por toda a cidade para conseguir dar um pouco mais de comodidade para o povo.
No ano passado, houve assinaturas dizendo que amanhã começariam as obras. E passou um ano e esse amanhã não chegou.
O vice-governador e governador em exercício, Leonel Pavan, foi lá no sábado e disse que quinta-feira começariam as obras, que é hoje. Eu não sei, depois vou passar por lá para ver se, na verdade, elas começaram.
Agora, vou dizer uma coisa ao governo do estado: se até agora não havia um deputado missionário que iria brigar pelos gideões aqui nesta Casa, agora vai ter! Vou ficar todos os dias aqui cobrando, porque os gideões missionários não podem mais ficar naquele tamanho. É uma vergonha o que o governo está fazendo com uma entidade tão respeitada, séria, que ajuda tantas pessoas e que traz divisas para o estado nesses dias do congresso dos gideões. E o governo fica protelando, protelando. Aqui vai haver cobrança, sim!
A Sra. Deputada Odete de Jesus - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Pois não!
A Sra. Deputada Odete de Jesus - Deputado, quero parabenizá-lo pelo seu pronunciamento.
Estive naquela região, no domingo pela manhã, e pude presenciar o verdadeiro formigueiro humano, formado por pessoas que vinham de vários lugares para participar das reuniões.
Então, v.exa. está de parabéns. Sei do trabalho sério da Assembléia de Deus, feito com muita dedicação, tirando pessoas das drogas, da marginalidade e colocando-as na presença de Deus. Conheço o trabalho e parabenizo v.exa., pois sei que é um lutador, um deputado idealista, que tem lutado muito pelas causas de todo o povo cristão.
Portanto, eu o cumprimento, pois pude presenciar. E a cada ano que passa, os gideões aumentam, pois sempre há mais adeptos.
Parabéns, deputado!
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Muito obrigado, deputada.
Eu faço aqui um apelo para que o governo não minta mais para os gideões. E quando eu falo nos gideões, não falo só na direção, falo para os gideões de todo o Brasil. Governo, não minta mais! Comece a obra! O ginásio tem que estar aumentado em 2008 e se isso acontecer, virei a esta tribuna para dizer que dessa vez foi verdade. Até lá coloco em dúvida e vou cobrar aqui.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)