Pronunciamento

Kennedy Nunes - 013ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 06/03/2008
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Muito obrigado, sr. presidente. O motivo do meu retorno é que temos um compromisso em Joinville e infelizmente estamos perdendo cerca de duas horas para passar na ponte de Navegantes.
Nos últimos dias que fui para lá, deputado Manoel Mota, levei uma hora e 55 minutos para rodar quatro quilômetros e 600 metros. Em uma hora e 55 minutos eu rodei apenas quatro quilômetros e 600 metros. E não adianta tentar ir por Ilhota porque na balsa também há fila por Gaspar. Está complicado. E eu ouvi a deputada Ana Paula Lima falar ontem aqui sobre a visita que fizeram lá em Joinville e o deputado Silvio Dreveck deve estar sofrendo com isto também, como todos nós que somos da região norte, com essa questão da ponte de Navegantes
Então, antes de adentrar ao assunto que vou tratar nesta Casa, srs. deputados, eu queria dizer para o pessoal do DNIT que há uma saída para essa questão, que não é aumentar o brete ou a pista única perto da ponte, não! A saída é abrir 500 metros no sentido sul/norte antes da ponte, ou seja, abrir o concreto que divide a pista dupla e depois da ponte abrir 200 metros também, para desafogar a fila de meia em meia hora, principalmente na hora de rush, no momento em que fica trancado o trânsito de norte a sul por meia hora ou por 15, 20 minutos, liberando-o depois no sentido norte/sul, continuando-se a passar pela ponte que está em reforma.
Esta é a única solução visível, hoje, para enfrentar o problema da demora na ponte de Navegantes, que está sendo reformada, que precisa ser reformada, mas que está trazendo um problema muito grande às pessoas que por lá trafegam.
Mas eu queria fazer uma homenagem, neste momento, a duas personalidades, se assim pudemos dizer, as quais não vivo sem elas. Nesta semana do mês de março é sempre bom fazer uma homenagem.
Primeiramente, quero fazer uma homenagem a um ser que se não estivesse ao meu lado não saberia o que seria de mim, a começar pela minha mãe, que me gerou, que me cuidou, que hoje dá continuidade através da minha esposa, que me atende, que gerou os nossos filhos. Por isso quero fazer uma homenagem muito especial esta semana às mulheres que no dia 8 de março estão comemorando o seu dia.
É claro que não vou entrar aqui no motivo pelo qual se comemora no dia 8 de março esta data, porque sabemos da história triste, quando funcionárias, que queriam melhores condições de trabalho, foram trancadas dentro da fábrica, à qual foi ateado fogo, provocando as suas mortes.
Mas vale, deputado Silvio Dreveck, fazer a homenagem a esse ser tão fantástico que surgiu da costela do homem e foi colocada por Deus para ser adjunta do homem, sua companheira. Há uma frase assim: "Por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher". Eu digo que por trás não, sempre ao lado, se não for muitas vezes na frente. Mas eu queria fazer esta homenagem às mulheres.
Eu queria fazer também uma homenagem a minha terra natal, Joinville, a maior cidade do estado, que foi a cidade que Deus escolheu para eu nascer.
Joinville, pela sua pujança industrial, cultural, que deu tantos líderes para Santa Catarina e para o Brasil. Quero fazer, então, esta homenagem a todos nós, joinvilenses, que temos essa cidade como berço, não só para aquelas pessoas que como eu tive a honra de nascer na Maternidade Darci Vargas, como para todas as outras pessoas que adotaram Joinville como sua cidade.
Muita gente do sul, do oeste, de todas as cidades de Santa Catarina e também de todo o Brasil estão indo morar lá. E agora está vindo gente até de São Paulo e do Rio de Janeiro para morar em Joinville. Fugindo do agito e da segurança, estão achando Joinville uma cidade grande com uma cultura de interior. Não temos uma cultura de metrópole, ainda temos aquele negócio de conhecer o vizinho, de fazer até na rua a competição para saber qual o jardim mais bonito das casas. E isso tem sido um referencial para as pessoas que estão deixando as grandes metrópoles e vindo para Joinville.
Acredito que Joinville possa ser muito melhor, falando administrativamente. Acredito que Joinville possa ter uma prefeitura, um gestor público que cuide do indivíduo, do cidadão, e não só preocupado com aquilo que pode aparecer bem na propaganda. Só para dar inveja a todos os prefeitos de Santa Catarina, o Orçamento para este ano de Joinville ultrapassa R$ 1 bilhão. A previsão orçamentária chega quase a R$ 1,1 bilhão. Então, nós temos, no ano de 2008, uma pujança muito grande na questão de recursos e é possível fazer mais, é possível cuidar da cidade!
Eu entendo que o gestor público deve cuidar da cidade como um gerente. Sei que o deputado Edson Piriquito também tem essa mesma linha de pensamento, que é a linha de novos políticos, de novos gestores que olham a administração pública dentro da sua razoabilidade e também daquilo que deve ser alvo do empenho e do desempenho da função, que é a gratificação do cidadão, do munícipe.
Então, eu entendo que seja possível ter uma gestão pública da cidade que dê ouvidos para o contribuinte, em que a obra do bairro possa ser definida a partir das necessidades do munícipe, do contribuinte e não a partir da idéia de um prefeito, seja lá quem for, que esteja dentro de uma sala, que não conhece a realidade, deputado Flávio Ragagnin.
Muitas vezes, deputado, e v.exa. já sabe como são as coisas, a idéia que o prefeito tem para uma localidade não é a necessidade real do cidadão. Às vezes o prefeito está com a idéia de fazer uma coisa até boa para a população, mas aquilo não é necessidade emergencial dela. E o nosso partido, em Joinville, defende uma gestão por conselho. A partir do conselho de bairro, do conselho comunitário, com a representação forte de todas as entidades ligadas à segurança, à educação, à saúde, às igrejas, faz-se a discussão para definir as obras que estejam relacionadas às necessidades de cada morador, sendo encaminhadas para um conselho técnico que, com uma administração de uma organização paritária, que tem representação governamental e não-governamental, possa fazer uma análise técnica do assunto, encaminhando depois para um conselho superior, para, finalmente, após ser mastigada a questão físico-financeira, chegar-se a uma decisão política.
Joinville precisa de uma gestão assim. Precisa de uma gestão que possa sentar com os contribuintes e munícipes e ouvi-los.
Eu defendo, deputado Manoel Mota, uma educação em que as escolas, através dos alunos, professores e comunidade, possam escolher os seus diretores, esses que se preparam para o cargo com especialização onde hoje já existe. Não deve ser com uma canetada do prefeito a escolha do diretor, deve ser, sim, uma escolha feita pelos alunos, comunidade e professores.
Essa é a Joinville que penso que pode ser feita, e eu acredito nisso.
O Sr. Deputado Manoel Mota - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES- Concedo o restante do tempo a v.exa., deputado Manoel Mota.
O Sr. Deputado Manoel Mota - Eu só queria cumprimentá-lo, pois v.exa. não demorou muito tempo para ter a visão de Luiz Henrique e criar conselhos nas regiões.
Então, quero parabenizá-lo por sua visão moderna em buscar...
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Mas não é criar cargo, é criar atendimento ao cidadão.
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)