Pronunciamento

Kennedy Nunes - 001ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 07/02/2012
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. deputados, senhores que nos acompanham pela TVAL e Rádio Digital, catarinenses aqui presentes. Quero falar bem rápido para depois passar o restante do tempo ao deputado Maurício Eskudlark, do nosso partido.
Quero falar só para dizer duas coisas, deputada Ana Paula Lima. Eu estava ouvindo a senhora falar e com muitas coisas da sua fala concordo com v.exa. Mas duas coisas preciso colocar. Primeiro, quando v.exa. fala na questão do banco Jica, gostaria de informar a v.exa que ontem mesmo houve mais uma reunião dos técnicos do banco Jica na secretaria de Infraestrutura, onde o processo está andando. Então, na verdade, isso não é uma coisa que se resolve de um momento para outro. E quero colocar isso aqui.
Sei que talvez não tivesse no seu script, mas v.exa. falou de uma forma tão espontânea que me assustou quando se referiu aos críticos do governo federal dizendo que eles são em minoria e que deveriam ser exterminados. Isso me assustou, porque ver um parlamentar do quilate de v.exa., do Partido dos Trabalhadores, falar em exterminar os críticos me assusta.
Entendo que a oposição sempre é necessária, o contrário sempre é necessário; é necessário para o governo e necessário também para a sociedade. Não podemos imaginar um governo sem oposição, porque aí teríamos outro nome para esse tipo de governo. E quando alguém do governo vem aqui e diz que a minoria crítica deve ser exterminada, fico preocupado, muito preocupado. Mas entendo que não foi bem isso que v.exa. quis dizer, mas não poderia deixar passar aqui em branco, de forma nenhuma, até porque, como sou da imprensa, não consigo ver uma questão tão forte assim como exterminar aqueles críticos.
Isso me lembra muito a ditadura, é muito forte e é complicado. Não é só isso, às vezes, a nossa fala nos leva a cometer alguns erros e, muitas vezes, a posição que tomamos nos leva a cometer alguns enganos que são contrários às pregações. Por exemplo, lá em Joinville, o prefeito Carlito Merss, deputado Ismael dos Santos, após vencer o prazo do mandato das pessoas que compõem o conselho da cidade, foram eleitas e têm um prazo, então, o prefeito, por decreto, prorrogou o mandato dessas pessoas, assim como querendo dizer que "quem manda aqui sou eu". Fizeram toda a discussão da lei de ordenamento territorial e no momento da votação as entidades, a organização social se movimentou, entrou na Justiça e conseguiu derrubar todo o trabalho feito pelo conselho, porque falaram para ele que podia prorrogar o mandato e ele deu um canetaço como mandante, lembrando aquele tempo que se resolvia dessa forma, simplesmente ignorando que esse deve ser um processo democrático de escolha, eletivo, com dia para começar e terminar.
Então, fiz essas referências para deixar claro para a sociedade catarinense a minha posição.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)