Pronunciamento

Kennedy Nunes - 092ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 26/10/2010
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente e srs. deputados, público que nos acompanha, quero dizer, deputado Sargento Amauri Soares, que a bancada do PP faz um pedido para assinar embaixo de tudo o que v.exa. falou em relação a essa questão que foi denunciada agora.
O Sr. Deputado Sargento Amauri Soares - V.Exa. nos concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Pois não!
O Sr. Deputado Sargento Amauri Soares - Nobre deputado, peço desculpas, mas por um lapso não consegui registrar a presença neste plenário de apoiadores e militantes do deputado Lício Mauro da Silveira, que no dia 15 estava conosco, algumas horas antes do seu falecimento, às margens do rio Cubatão, lutando em defesa da comunidade. Faço esse registro, essa homenagem ao colega Lício Mauro da Silveira e a todos os seus apoiadores no município de Palhoça.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Por isso, deputado, falamos que a luta de vocês é a nossa luta também, da bancada do PP, do deputado Flavio Ragagnin, que está ocupando cadeira que era do deputado Lício Mauro da Silveira, e dos demais deputados, Joares Ponticelli, Reno Caramori, Silvio Dreveck e Valmir Comin. Somos parceiros nessa luta de todos vocês!
Todos nós, neste período de eleição, sr. presidente, rodamos essas estradas de cima abaixo. Neste meu mandato, deputado Genésio Goulart, só no estado de Santa Catarina viajei 480 mil quilômetros visitando todos os municípios, os 293, indo, vindo, conversando, levando alguma solução, trazendo os problemas para cá. E uma das coisas que observei foi a má qualidade das nossas estradas, deputado Flavio Ragagnin, a dificuldade em certos lugares, principalmente nas estradas catarinenses.
Não vamos falar aqui do problema da duplicação atrasada do trecho sul da BR-101, nos problemas da BR-470, que precisa ser duplicada, ou da BR-282, que em alguns trechos precisa de recapeamento, que está sendo feito nas estradas federais.
Quero falar das nossas estradas, das estradas estaduais. E como temos essa interatividade com os eleitores, com os nossos munícipes, seja nas visitas que fazemos aos municípios ou através da internet, do twitter, sempre estamos recebendo algumas reclamações de pessoas que vivem, assim como os deputados, o dia a dia das estradas catarinenses.
Quero pedir para a assessoria mostrar as fotos tiradas por um amigo que utiliza diariamente a estrada que liga Chapecó ao Rio Grande do Sul, a BR-470, para mostrarmos a dificuldade que há. Esse meu amigo, deputado Genésio Goulart, que é representante comercial e faz esse trajeto quase diariamente, disse-me que tem que colocar no seu orçamento, no orçamento do seu negócio, um pneu por semana. Já pensou?! Colocar no orçamento de gastos, não só a troca de óleo, a manutenção do veículo, o combustível que gasta, mas um pneu por semana. Por quê? Por conta da má qualidade das estradas que temos no estado de Santa Catarina.
(Procede-se à exibição de fotos.)
Srs. deputados, essa é a situação apenas num pequeno trecho. O deputado Flavio Ragagnin conhece bem aquele trecho que liga Chapecó ao Rio Grande do Sul. Uma estrada esburacada como essa não traz só riscos à vida das pessoas que passam por ali, mas incide diretamente no preço dos alimentos que chegam às prateleiras, no preço dos fretes.
Imaginem que um trabalhador, um representante autônomo, tem que incluir no seu orçamento mensal um pneu, deputado Décio Góes, por semana. Ou seja, quatro pneus por mês que ele tem que trocar!
Imaginem as frotas de caminhões, o risco de vida para as pessoas. Por quê? Porque existe um desleixo por parte do governo do estado com algumas rodovias estaduais de Santa Catarina, que oferecem risco iminente de morte para as pessoas. E para o cidadão comum, que não viaja, aumenta absurdamente o preço do frete que incide no preço final das mercadorias.
Estamos apresentando uma emenda ao Orçamento para esse setor, para que possamos ter condições de colocar as nossas estradas em dia. Não somos nós que estamos dizendo, mas uma pesquisa feita pela Confederação de Transportes coloca que um pouco mais de 60% das nossas estradas são péssimas ou regulares. Aí o que sobra para boas e ótimas? Apenas 40%!
Trago aqui, mais uma vez, essa reclamação dos catarinenses que utilizam a estrada e peço ao governo estadual, à secretaria da Infraestrutura e ao próprio Deinfra, que prestem atenção porque pelo que vimos ali os buracos que foram fotografados por um cidadão e enviados por e-mail já possuem DNA de são antigos. Ou seja, o que acontece? Acontece que muitas vezes o recapeamento ou a solução tomada para resolver o problema não oferece a qualidade que deveria. E aí o que ocorre? Acabam ocorrendo as operações tapa-buraco e as empreiteiras sabem o dia certo para voltar lá e tapar novamente porque muitas vezes a emulsão do piche ou do asfalto que é colocado na recuperação daquele buraco é a base de água, portanto, a chuva acaba tirando a emulsão que é feita naquele remendo.
É preciso ter mais cuidado, sim, e vamos garantir nas emendas um valor maior para que tanto o Deinfra quanto a secretaria da Infraestrutura possam ter um pouquinho mais de condições de atender a esses 60% das nossas estradas que são consideradas péssimas ou regulares.
Essa é a reclamação que trago em nome dos catarinenses que utilizam o trecho entre Chapecó e Rio Grande do Sul, que passam diariamente por esse tipo de problema.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)