Pronunciamento
Kennedy Nunes - 115ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 09/12/2009
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, srs. deputados, quero chamar a atenção dos telespectadores da TVAL e dos ouvintes da Rádio Alesc Digital sobre o tema que abordei aqui ontem, quando expressei toda a minha revolta, deputado Carlos Chiodini, com relação, não às prisões dos pedófilos, mas com algumas pessoas que estavam querendo defendê-los - como chamá-los? -, dizendo que tinham direitos humanos. Houve uma repercussão muito grande, mas eu não gostaria de falar hoje, deputada Ana Paula Lima, sobre as prisões, pois tenho certeza de que isso vai ser bem apurado.
Mantivemos contato com o senador Magno Malta, que quer vir a Florianópolis porque a Polícia Civil de Santa Catarina foi a primeira a quebrar a caixa de entrada da Microsoft e a fazer, sr. presidente, um inquérito digital. Pela primeira vez no mundo uma polícia conseguiu quebrar o sigilo e trazer as informações direto da Microsoft.
Sr. presidente, não quero falar sobre esses vagabundos, mas aos pais que estão-nos assistindo, aos avós, aos tios, para que tomem conta de seus filhos, quando estiverem usando a internet, porque hoje é uma coisa impressionante.
Eu tenho internet no meu telefone, tenho twitter, recebo e-mails a toda hora, entro no MSN, ou seja, aqui todos nós temos acesso à internet sem fio. Hoje você chega ao aeroporto, a uma padaria, a um barzinho e em todos os lugares há acesso à internet sem fio. Essa internet que hoje tem sido um benefício tão grande para todos nós pode estar sendo a grande ferramenta para esse tipo de sacanagem.
Está nos arquivos dessa investigação que uma das pessoas que já está presa aqui em Santa Catarina dizia assim no MSN, deputada Ana Paula, numa troca de informações com os pedófilos aqui do estado: "Meu irmão, vem hoje aqui em casa, amanhã tenho fotos novas da minha sobrinha". O que é isso? Isso é um negócio impressionante! Não dá para entender!
Então, quero chamar a atenção dos pais para que fiquem atentos ao que seus filhos estão fazendo na internet. Na minha casa tenho o Juan, de 9 anos, e a Sigian, de 12 anos. Eles têm acesso à internet, mas sabem onde fica o computador, deputado Moacir Sopelsa? Na cozinha. E o monitor não fica virado para a parede, fica virado para onde todos estão passando, principalmente a minha esposa, que fica lá olhando. Então, todos têm que ter esse cuidado, ou seja, o que os nossos filhos estão vendo na internet.
Conversando ontem com o delegado Renato Hendges, que é o delegado que está à frente dessa investigação, ele disse, deputado Carlos Chiodini, que a pior arma que inventaram para aumentar a pedofilia é a webcam, a camerazinha ligada ao MSN. Conversando com outra pessoa, ela me disse: "Rapaz, o meu compadre tem uma filhinha de 9 anos e ele não entende nada de computador, mas eu descobri que ela toma banho com a webcam ligada para que os amigos a vejam". Está assim! E o que nós temos que fazer?
Quero, com muita alegria, dizer que há mais ou menos 45 dias, quando fiz a denúncia dessa rede de pedofilia e coloquei naquela tela duas imagens e o código dos pedófilos, conseguimos aprovar o projeto de lei de autoria dos deputados Darci de Matos e Manoel Mota, do qual eu era o relator, que foi sancionado no outro dia pelo governador.
Então, meus parabéns aos donos de lan houses que querem fazer a coisa certa. Um deles, aqui da Grande Florianópolis, já está fazendo o cadastramento.
Pois bem. Por conta do cadastramento previsto na lei aprovada nesta Casa, já começou uma nova investigação, que envolve, infelizmente, alguém de farda, um pedófilo que será pego em função justamente dessa lei aprovada por esta Casa.
Fala-se em punição química, deputado Moacir Sopelsa, pois existe em Brasília a ideia de o pedófilo ser punido quimicamente, ou seja, seria castrado. Mas o que falar do pedófilo que não sente prazer no toque, mas no olhar? Qual seria a punição? Cegá-lo? Enfiar o dedo no olho e furar o olho de um vagabundo desses? Por que castrar, deputado Reno Caramori, se ele não sente prazer no toque, mas no olhar?
Eu fico com tanta raiva que eu não sei o que faço! Eu falo neste momento como pai de uma menina de 12 anos e de um menino de nove anos. E eu sei que há cidadãos nos acompanhando que ficam com a mesma gana.
Sr. presidente, v.exa. deve ter netos com essa idade ou quase isso, outros têm sobrinhos, quer dizer, as crianças estão à nossa volta. Meu filho com três anos de idade, deputada Ana Paula Lima, não sabia ler, não sabia escrever, mal sabia falar, mas me dizia o seguinte na frente do computador: "Quica aqui, pai!" E no quica aqui, ele fazia o que queria. Fazia o joguinho dele!
O nosso Código Penal é de 1940! E sabe qual é a pena para um vagabundo desses? Seis anos, se for condenado! E aí, porque são todos bonzinhos, um vagabundo desses que foi preso acabou de passar no concurso para diplomata! Vejam a inteligência de um homem desses!
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Pois não!
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - Insano! É como podemos classificar um sujeito como esse.
Mas, deputado Kennedy Nunes, v.exa. que faz parte da comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher, ouviu muitas vezes a manifestação de diversas organizações e do Ministério Público Estadual, através da dra. Priscila e de várias delegadas, de que o governo do estado tinha que assinar o pacto de combate à exploração sexual infanto-juvenil.
Infelizmente, até a data de hoje o governo do estado não assinou esse pacto. Nós temos que punir, sim, mas nós temos que combater, que orientar as nossas crianças para evitar esse tipo de coisa.
Então, é de responsabilidade do governo do estado o que está acontecendo, infelizmente, com as nossas crianças e adolescentes. Mas o Parlamento catarinense não pode ficar quieto!
Muito obrigada!
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, para encerrar, quero chamar a atenção dos pais. Por favor, inteirem-se do que os seus filhos estão fazendo na internet! Por favor, dêem uma olhada, quem sabe o seu filho, a sua filha, o seu neto, a sua sobrinha possam estar sendo molestados. Prestem atenção! As crianças nos falam sem palavras! Façam isso! Vamos acabar com isso, tendo cuidado. Não é uma lei, não é o governo que vai fazer isso. É você, na sua casa, que vai fazer isso! Por favor, ajudem-nos a combater esse crime tão nojento que é a pedofilia.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Mantivemos contato com o senador Magno Malta, que quer vir a Florianópolis porque a Polícia Civil de Santa Catarina foi a primeira a quebrar a caixa de entrada da Microsoft e a fazer, sr. presidente, um inquérito digital. Pela primeira vez no mundo uma polícia conseguiu quebrar o sigilo e trazer as informações direto da Microsoft.
Sr. presidente, não quero falar sobre esses vagabundos, mas aos pais que estão-nos assistindo, aos avós, aos tios, para que tomem conta de seus filhos, quando estiverem usando a internet, porque hoje é uma coisa impressionante.
Eu tenho internet no meu telefone, tenho twitter, recebo e-mails a toda hora, entro no MSN, ou seja, aqui todos nós temos acesso à internet sem fio. Hoje você chega ao aeroporto, a uma padaria, a um barzinho e em todos os lugares há acesso à internet sem fio. Essa internet que hoje tem sido um benefício tão grande para todos nós pode estar sendo a grande ferramenta para esse tipo de sacanagem.
Está nos arquivos dessa investigação que uma das pessoas que já está presa aqui em Santa Catarina dizia assim no MSN, deputada Ana Paula, numa troca de informações com os pedófilos aqui do estado: "Meu irmão, vem hoje aqui em casa, amanhã tenho fotos novas da minha sobrinha". O que é isso? Isso é um negócio impressionante! Não dá para entender!
Então, quero chamar a atenção dos pais para que fiquem atentos ao que seus filhos estão fazendo na internet. Na minha casa tenho o Juan, de 9 anos, e a Sigian, de 12 anos. Eles têm acesso à internet, mas sabem onde fica o computador, deputado Moacir Sopelsa? Na cozinha. E o monitor não fica virado para a parede, fica virado para onde todos estão passando, principalmente a minha esposa, que fica lá olhando. Então, todos têm que ter esse cuidado, ou seja, o que os nossos filhos estão vendo na internet.
Conversando ontem com o delegado Renato Hendges, que é o delegado que está à frente dessa investigação, ele disse, deputado Carlos Chiodini, que a pior arma que inventaram para aumentar a pedofilia é a webcam, a camerazinha ligada ao MSN. Conversando com outra pessoa, ela me disse: "Rapaz, o meu compadre tem uma filhinha de 9 anos e ele não entende nada de computador, mas eu descobri que ela toma banho com a webcam ligada para que os amigos a vejam". Está assim! E o que nós temos que fazer?
Quero, com muita alegria, dizer que há mais ou menos 45 dias, quando fiz a denúncia dessa rede de pedofilia e coloquei naquela tela duas imagens e o código dos pedófilos, conseguimos aprovar o projeto de lei de autoria dos deputados Darci de Matos e Manoel Mota, do qual eu era o relator, que foi sancionado no outro dia pelo governador.
Então, meus parabéns aos donos de lan houses que querem fazer a coisa certa. Um deles, aqui da Grande Florianópolis, já está fazendo o cadastramento.
Pois bem. Por conta do cadastramento previsto na lei aprovada nesta Casa, já começou uma nova investigação, que envolve, infelizmente, alguém de farda, um pedófilo que será pego em função justamente dessa lei aprovada por esta Casa.
Fala-se em punição química, deputado Moacir Sopelsa, pois existe em Brasília a ideia de o pedófilo ser punido quimicamente, ou seja, seria castrado. Mas o que falar do pedófilo que não sente prazer no toque, mas no olhar? Qual seria a punição? Cegá-lo? Enfiar o dedo no olho e furar o olho de um vagabundo desses? Por que castrar, deputado Reno Caramori, se ele não sente prazer no toque, mas no olhar?
Eu fico com tanta raiva que eu não sei o que faço! Eu falo neste momento como pai de uma menina de 12 anos e de um menino de nove anos. E eu sei que há cidadãos nos acompanhando que ficam com a mesma gana.
Sr. presidente, v.exa. deve ter netos com essa idade ou quase isso, outros têm sobrinhos, quer dizer, as crianças estão à nossa volta. Meu filho com três anos de idade, deputada Ana Paula Lima, não sabia ler, não sabia escrever, mal sabia falar, mas me dizia o seguinte na frente do computador: "Quica aqui, pai!" E no quica aqui, ele fazia o que queria. Fazia o joguinho dele!
O nosso Código Penal é de 1940! E sabe qual é a pena para um vagabundo desses? Seis anos, se for condenado! E aí, porque são todos bonzinhos, um vagabundo desses que foi preso acabou de passar no concurso para diplomata! Vejam a inteligência de um homem desses!
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Pois não!
A Sra. Deputada Ana Paula Lima - Insano! É como podemos classificar um sujeito como esse.
Mas, deputado Kennedy Nunes, v.exa. que faz parte da comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher, ouviu muitas vezes a manifestação de diversas organizações e do Ministério Público Estadual, através da dra. Priscila e de várias delegadas, de que o governo do estado tinha que assinar o pacto de combate à exploração sexual infanto-juvenil.
Infelizmente, até a data de hoje o governo do estado não assinou esse pacto. Nós temos que punir, sim, mas nós temos que combater, que orientar as nossas crianças para evitar esse tipo de coisa.
Então, é de responsabilidade do governo do estado o que está acontecendo, infelizmente, com as nossas crianças e adolescentes. Mas o Parlamento catarinense não pode ficar quieto!
Muito obrigada!
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, para encerrar, quero chamar a atenção dos pais. Por favor, inteirem-se do que os seus filhos estão fazendo na internet! Por favor, dêem uma olhada, quem sabe o seu filho, a sua filha, o seu neto, a sua sobrinha possam estar sendo molestados. Prestem atenção! As crianças nos falam sem palavras! Façam isso! Vamos acabar com isso, tendo cuidado. Não é uma lei, não é o governo que vai fazer isso. É você, na sua casa, que vai fazer isso! Por favor, ajudem-nos a combater esse crime tão nojento que é a pedofilia.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)