Pronunciamento

Jean Kuhlmann - 031ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 22/04/2015
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Sr. presidente, quero hoje agradecer a oportunidade e dividir o tempo do partido com o deputado Maurício Eskudlark, mas queria, primeiramente, fazer o registro de uma região onde estivemos há pouco, juntamente com o deputado Ismael dos Santos e com o presidente Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina-, para garantirmos, srs. parlamentares, a liberação de R$ 600 mil para que Blumenau continue tendo o programa Entra21, voltado aos alunos que estudam na área da tecnologia, informática, na formação realmente de mão de obra qualificada na nossa cidade.
E isso conseguimos hoje garantir os recursos necessários para que essa cidade possa continuar tendo este ano 300 alunos matriculados nesse programa, e garantindo a continuação de um ensino fundamental para a nossa região do vale do Itajaí.
Por isso minha alegria de estar nesta tribuna fazendo este anúncio.
Quero cumprimentar o presidente da Fapesc; cumprimentar, através da Charles, executivo da Acib, todas as entidades empresarias e todas as pessoas envolvidas com o programa Entra21, que estiveram presentes na reunião há pouco e, com certeza, comemorarão a liberação desses recursos, que são muito importantes.
Existem recursos no programa Entra21 repassados pelo estado, pela prefeitura municipal e também pelas empresas. É este conjunto de ações que faz a diferença no programa Entra12. É um programa de sucesso, exitoso, que já formou muitas pessoas na área de tecnologia, pessoas que trabalham em empresas de software e de wardware, que acabaram se tornando empreendedores, que geraram emprego e renda para o vale do Itajaí e, por isso, minha alegria por esse programa continuar e termos certeza de que este ano mais 300 jovens serão atendidos no vale do Itajaí e em Blumenau, nesta formação de mão de obra qualificada na área de tecnologia.
Gostaria também de parabenizar o governador Raimundo Colombo por suas ações, pelo seu trabalho. Nós, do PSD temos uma alegria muito grande de vermos a forma austera como ele vem conduzindo o estado, buscando melhorar nossa economia. E o próprio presidente da Fapesc disse que o governador exigiu a redução de 20% do custo operacional da Fapesc, no sentido de baixar o recurso aplicado pela fundação na questão de custeio. O governador está trabalhado para que a máquina pública fique menos inchada e com isso possamos passar por este momento de crise existente no país sem ter maiores problemas em Santa Catarina.
Mas, na contramão, vemos a notícia, e podem até achar um pouco estranho, que a presidente Dilma sancionou R$ 868 milhões para o fundo partidário, quando precisamos fazer contingenciamento de despesa, reduzir os gastos públicos, fazer economia. E difícil vermos o governo triplicando o valor do fundo partidário e reduzindo investimento na saúde e na educação, isso é um contracenso. Se tivessem mudado a forma de financiamento de campanha passando a financiamento público, acabando de vez com a questão do financiamento privado, até teríamos um motivo. Mas não houve mudança na legislação eleitoral. O que houve, sim, foi sede, vontade dos partidos terem mais recursos e neste momento é, sem dúvida, um contracenso.
Por isso, estou criticando o posicionamento da presidente Dilma, do Congresso Nacional que tem que de uma vez por todas votar a reforma política. Estão discutindo, enrolando e precisamos ter logo a reforma política, para que este tipo de situação não volte a acontecer, porque é muito triste,, ao invés de aumentar os recursos para saúde, para a educação ou para a infraestrutura aumentarem recursos para o fundo partidário!
Srs. deputados, nosso país não pode mais agir dessa forma, precisamos mudar nossas políticas públicas. Isso não é culpa de um partido político ou de uma pessoa, mas do sistema como um todo. É uma reflexão que trago a esta Casa, porque temos que mudar o sistema político neste país. É inadmissível que continuemos aumentando despesas com a estrutura burocrática, aumentando os recursos gastos na questão do fundo partidário e, em contrapartida, termos menos dinheiro para gastar em saúde e em educação.
Há pouco vim de uma reunião, como falei, onde estávamos discutindo sobre recursos para manutenção do programa Entra21, que forma crianças de baixa renda na área de tecnologia. Isso, sim, tem que ser discutido, ou seja, ampliar os recursos para este programa. Mas aí lemos uma notícia como essa de que a presidente Dilma está triplicando os recursos do fundo partidário. Infelizmente, enquanto o nosso país, o nosso Congresso Nacional, os nossos governantes, principalmente o governo federal não mudarem a forma, a concepção do nosso país nada vai mudar, enquanto alguns direitos e algumas mordomias não forem cortadas não iremos para frente.
Precisamos que seja diminuída a burocracia, que seja investido mais em infraestrutura, em saúde, em educação, em segurança e menos nos fundos partidários.
Por isso, minha tristeza nesta tarde de ter que trazer este assunto para esta tribuna, mas também minha alegria de falar na questão do programa Entra21, que é muito importante.
Quero parabenizar, mais uma vez, o governador Raimundo Colombo que vem anunciando cada vez mais investimentos, mostrando que Santa Catarina tem um jeito diferente de fazer política e de trabalhar do restante do país.
Enquanto parabenizo a Fapesc pela manutenção de um programa essencial e o governador Raimundo Colombo pela continuação de investimentos em parceria até com o governo federal, lamento que em Brasília estejam discutindo não o aumento de recursos para a saúde, educação ou infraestrutura, sancionando uma lei que triplicará o fundo partidário.
Isso é muito triste e, infelizmente, é o Brasil que nenhum de nós quer. E, com certeza, essa situação só mudará de verdade quando tivermos uma grande reforma não apenas política, mas também uma reforma Constitucional, na questão tributária e nas questões que envolvem todas as grandes mudanças que precisamos no Brasil. Enquanto essas reformas de verdade não acontecerem o Brasil não será o país que sonhamos, que queremos.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)