Pronunciamento
Jean Kuhlmann - 108ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 24/11/2009
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Sr. presidente, sras. parlamentares, srs. parlamentares e todos que nos acompanham neste momento, seja no plenário desta Casa ou em sua residência, através da TVAL ou da Rádio Alesc Digital, com certeza hoje é um dia de muita reflexão, pois no último final de semana vivenciamos uma data extremamente importante, não de comemoração, mas de muita reflexão porque completou exatamente um ano da maior catástrofe que atingiu Itajaí em toda a sua história.
Antes de adentrar detalhadamente no assunto, gostaria de trazer alguns números, até para que, de forma concreta, todas as pessoas possam entender aquilo que está sendo tão falado nesta Casa, esta tarde.
A catástrofe levou 494,4mm de chuva, o maior número já registrado na história de Santa Catarina em uma única região; levou também para o vale do Itajaí, infelizmente, 135 mortes, sendo que cinco mil pessoas foram resgatadas; ocorreram três mil pontos de deslizamento somente na cidade de Blumenau. Algo inacreditável para quem jamais pensou que isso iria acontecer.
Além disso, mais de 2.100 casas foram atingidas, sendo que muitas pessoas perderam sua residência e outras tiveram a casa parcialmente atingida. Ou seja, foi uma catástrofe que mexeu diretamente com a vida de cada pessoa do vale do Itajaí, pois quem não teve a sua casa diretamente atingida, teve a casa de um parente ou de um amigo atingida.
Todos nós que passamos por aqueles dias de muita angústia, de muita luta, deputado Adherbal Deba Cabralm - e v.exa., que é de Navegantes, também acompanhou e viveu aquele drama -, rezamos para nunca mais acontecer uma tragédia daquelas.
Este último final de semana foi efetivamente um momento de muita reflexão. Muitas pessoas querem aproveitar este momento, deputada Ada De Luca, para fazer aqui apenas pronunciamentos políticos, demagógicos, dizer que esse não fez isso, não fez aquilo, colocar-se como se fosse o salvador ou a salvadora da pátria.
Na verdade, srs. deputados, nós sabemos que o problema é muito sério e que muitos, desde a esfera federal até as esferas estadual e municipal, ainda têm muito a fazer, começando, por exemplo, pelo governo federal, que havia previsto do Orçamento da União à bancada catarinense R$ 50 milhões para a prevenção de enchentes. Mas o presidente Lula, num decreto assinado no dia 11 de agosto, passou esses R$ 50 milhões para zero. De R$ 50 milhões para zero! Não foi um corte de R$ 10 milhões ou de R$ 20 milhões, ou ainda, deputado Kennedy Nunes, como aquele que ocorreu em Joinville, onde praticamente não houve corte, pois lá o prefeito Carlito Merss não teve esse problema. O prefeito foi beneficiado porque é do partido do presidente da República! Enquanto isso, no vale de Itajaí o corte dos recursos da união foi de 87%. E agora algumas pessoas vêm aqui reclamar que a prefeitura não fez isso, que a prefeitura deixou de fazer aquilo.
Quero também prestar contas daquele recurso que as pessoas doaram, que as pessoas contribuíram, voluntariamente, ou seja, os R$ 8,2 milhões, aos atingidos pelas enchentes. Esse dinheiro foi utilizado para a compra de terrenos, onde serão construídas casas para essas pessoas que ainda estão morando em abrigos.
Quanto aos abrigos, quero dizer que a própria ONU diz que, por mais que não sejam a residência das pessoas, nós sabemos disso, são muito melhores do que muitos locais de países do primeiro mundo. São abrigos aprovados pela própria ONU, deputado Sargento Amauri Soares, que dão um mínimo de dignidade. Agora, a verdadeira dignidade está na residência de cada família.
Então, nós temos que lutar e buscar cada vez mais recursos. Não adianta vir aqui apenas chorar e reclamar dos outros! É necessário trabalhar e que cada um faça a sua parte, como a prefeitura está fazendo, como o governador faz e como alguns setores do governo federal também estão fazendo! Nós temos que continuar ajudando a reconstruir.
Por isso quero, neste momento, parabenizar a prefeitura, parabenizar todos os voluntários de Blumenau, que realizaram um ato muito bonito no final de semana, porque acho que o pior sentimento que pode existir numa pessoa é a ingratidão! E o que a população de Blumenau fez no final de semana não foi uma festa, como alguns estão dizendo, não foi uma comemoração, mas, sim, srs. parlamentares e sras. parlamentares, um ato de agradecimento ao povo brasileiro pela sua generosidade.
A Sra. Deputada Ada De Luca - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Pois não!
A Sra. Deputada Ada De Luca - Parabéns, deputado, pelo seu discurso. Mas v.exa. sabe que há pessoas que apostam em quanto pior ficar melhor, porque senão elas perdem a bandeira! Ficam usando a desgraça como massa de manobra. Isso não é certo. Nós temos que levantar as bandeiras corretas.
Parabéns, deputado!
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Eu tenho certeza de que não existe uma bandeira mais bonita do que agradecer a todos aqueles que ajudaram, porque é só através do agradecimento, do reconhecimento que nós realmente nos reanimamos a continuar buscando a ajuda que precisamos. Então, depois de um ano da catástrofe nada melhor do que agradecer a todos aqueles que estão ajudando o vale do Itajaí a se recuperar. Agora, isso também não exime ninguém da responsabilidade e cabe como uma reflexão para que cada um de nós possa continuar assumindo a sua responsabilidade em continuar lutando por aquele que ainda precisa...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Antes de adentrar detalhadamente no assunto, gostaria de trazer alguns números, até para que, de forma concreta, todas as pessoas possam entender aquilo que está sendo tão falado nesta Casa, esta tarde.
A catástrofe levou 494,4mm de chuva, o maior número já registrado na história de Santa Catarina em uma única região; levou também para o vale do Itajaí, infelizmente, 135 mortes, sendo que cinco mil pessoas foram resgatadas; ocorreram três mil pontos de deslizamento somente na cidade de Blumenau. Algo inacreditável para quem jamais pensou que isso iria acontecer.
Além disso, mais de 2.100 casas foram atingidas, sendo que muitas pessoas perderam sua residência e outras tiveram a casa parcialmente atingida. Ou seja, foi uma catástrofe que mexeu diretamente com a vida de cada pessoa do vale do Itajaí, pois quem não teve a sua casa diretamente atingida, teve a casa de um parente ou de um amigo atingida.
Todos nós que passamos por aqueles dias de muita angústia, de muita luta, deputado Adherbal Deba Cabralm - e v.exa., que é de Navegantes, também acompanhou e viveu aquele drama -, rezamos para nunca mais acontecer uma tragédia daquelas.
Este último final de semana foi efetivamente um momento de muita reflexão. Muitas pessoas querem aproveitar este momento, deputada Ada De Luca, para fazer aqui apenas pronunciamentos políticos, demagógicos, dizer que esse não fez isso, não fez aquilo, colocar-se como se fosse o salvador ou a salvadora da pátria.
Na verdade, srs. deputados, nós sabemos que o problema é muito sério e que muitos, desde a esfera federal até as esferas estadual e municipal, ainda têm muito a fazer, começando, por exemplo, pelo governo federal, que havia previsto do Orçamento da União à bancada catarinense R$ 50 milhões para a prevenção de enchentes. Mas o presidente Lula, num decreto assinado no dia 11 de agosto, passou esses R$ 50 milhões para zero. De R$ 50 milhões para zero! Não foi um corte de R$ 10 milhões ou de R$ 20 milhões, ou ainda, deputado Kennedy Nunes, como aquele que ocorreu em Joinville, onde praticamente não houve corte, pois lá o prefeito Carlito Merss não teve esse problema. O prefeito foi beneficiado porque é do partido do presidente da República! Enquanto isso, no vale de Itajaí o corte dos recursos da união foi de 87%. E agora algumas pessoas vêm aqui reclamar que a prefeitura não fez isso, que a prefeitura deixou de fazer aquilo.
Quero também prestar contas daquele recurso que as pessoas doaram, que as pessoas contribuíram, voluntariamente, ou seja, os R$ 8,2 milhões, aos atingidos pelas enchentes. Esse dinheiro foi utilizado para a compra de terrenos, onde serão construídas casas para essas pessoas que ainda estão morando em abrigos.
Quanto aos abrigos, quero dizer que a própria ONU diz que, por mais que não sejam a residência das pessoas, nós sabemos disso, são muito melhores do que muitos locais de países do primeiro mundo. São abrigos aprovados pela própria ONU, deputado Sargento Amauri Soares, que dão um mínimo de dignidade. Agora, a verdadeira dignidade está na residência de cada família.
Então, nós temos que lutar e buscar cada vez mais recursos. Não adianta vir aqui apenas chorar e reclamar dos outros! É necessário trabalhar e que cada um faça a sua parte, como a prefeitura está fazendo, como o governador faz e como alguns setores do governo federal também estão fazendo! Nós temos que continuar ajudando a reconstruir.
Por isso quero, neste momento, parabenizar a prefeitura, parabenizar todos os voluntários de Blumenau, que realizaram um ato muito bonito no final de semana, porque acho que o pior sentimento que pode existir numa pessoa é a ingratidão! E o que a população de Blumenau fez no final de semana não foi uma festa, como alguns estão dizendo, não foi uma comemoração, mas, sim, srs. parlamentares e sras. parlamentares, um ato de agradecimento ao povo brasileiro pela sua generosidade.
A Sra. Deputada Ada De Luca - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Pois não!
A Sra. Deputada Ada De Luca - Parabéns, deputado, pelo seu discurso. Mas v.exa. sabe que há pessoas que apostam em quanto pior ficar melhor, porque senão elas perdem a bandeira! Ficam usando a desgraça como massa de manobra. Isso não é certo. Nós temos que levantar as bandeiras corretas.
Parabéns, deputado!
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Eu tenho certeza de que não existe uma bandeira mais bonita do que agradecer a todos aqueles que ajudaram, porque é só através do agradecimento, do reconhecimento que nós realmente nos reanimamos a continuar buscando a ajuda que precisamos. Então, depois de um ano da catástrofe nada melhor do que agradecer a todos aqueles que estão ajudando o vale do Itajaí a se recuperar. Agora, isso também não exime ninguém da responsabilidade e cabe como uma reflexão para que cada um de nós possa continuar assumindo a sua responsabilidade em continuar lutando por aquele que ainda precisa...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)