Pronunciamento

Jean Kuhlmann - 099ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 31/10/2011
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Sra. presidente, srs. parlamentares, sras. parlamentares, quero cumprimentar todos aqueles que nos acompanham no plenário, em suas residências e pela Rádio Alesc Digital.
Primeiro, já que o deputado José Milton Scheffer falou do PP, quero aqui comemorar e compartilhar com esta Casa e com todos que nos acompanham, deputado Kennedy Nunes e demais deputados do PSD, a alegria de ter recebido um release, hoje, por parte da direção nacional do PSD, uma vez que completamos, neste mês de filiação, dentro do prazo legal de fundação do PSD, a marca de 57 deputados federais. Somos, hoje, a terceira maior bancada do país no estado e a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa, mas, com certeza, o PSD é um partido que nasce forte, que nasce com ideais, com princípios, com a sua representação no Congresso Nacional, com inúmeros prefeitos, com inúmeros deputados estaduais, com mais cinco mil vereadores em todo o Brasil.
É realmente um partido que nasce forte, e espero, como membro do PSD, como filiado, como pessoa que ajudou, juntamente com os demais deputados, a construir esse partido, a fundar o PSD, que seja um partido realmente diferente, um partido que já possui nas suas teses a questão de realmente fazer um novo congresso constituinte para votar nas reformas. E defendo isso e defendo também os seus princípios quanto à assembleia constituinte de uma reforma constitucional no país; defendo várias questões, mas acredito realmente que o PSD tem que defender a ética e a moral na política. O PSD tem que defender os bons princípios e a política voltada à comunidade.
Um partido não pode apenas estar vinculado a questões e discursos políticos, mas quando tiver um pedágio, por exemplo, da Apae ou da Rede Feminina de Combate do Câncer, tem que ir lá, participar, ajudar a organizar, mobilizar-se. Da mesma forma, quando um hospital filantrópico de uma cidade precisar de um apoio o partido tem que ajudar as causas da sua comunidade, da sua cidade. É isso que as pessoas esperam de um verdadeiro partido político, não apenas a representação da sociedade no Parlamento ou no governo; um verdadeiro partido político tem que estar envolvido com as causas da comunidade. E é isso que espero que o PSD, agora, sendo o terceiro maior partido do Brasil, possa também ser, ou seja, não apenas um partido grande, mas um partido envolvido com a comunidade.
Quero aqui também aproveitar esse tempo na tribuna, sr. presidente, sras. parlamentares e srs. parlamentares, para, em primeiro lugar, fazer o registro, deputados Kennedy Nunes e Ismael dos Santos, que tivemos no último domingo a comemoração dos 80 anos da Assembleia de Deus de Blumenau e, realmente, quero dizer que pela organização, pelo trabalho dos líderes, essa igreja recuperou a vida de muitas pessoas, ajudou a construir novos lares, uma cidade melhor, mais fraterna, tirou, deputado Kennedy Nunes, muitas e muitas pessoas do caminho das drogas, por exemplo. A igreja Assembleia de Deus faz um papel vital na vida do ser humano, na vida das pessoas. Por isso, quero parabenizá-la por todo esse trabalho social desenvolvido, por essa luta diária na construção de uma cidade mais justa.
Gostaria de dizer, ainda, que na última segunda-feira, dia 31 de outubro, também comemoramos o dia da Reforma Luterana, em que pese o ato de Martin Lutero por um movimento reformista cristão iniciado no século XVI, quando através da publicação das suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, na porta da igreja do castelo Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina, à época, da igreja católica.
Gostaria de parabenizar a Igreja Luterana, a Igreja Católica, pelo trabalho que fazem, porque, com certeza, em grandes momentos, tanto a Assembleia de Deus quanto as demais igrejas pentecostais, como a Luterana, a Católica, fazem o que o estado não faz. O que o governo muitas vezes deixa de fazer a igreja, estendendo a mão aos seus membros, complementa como, por exemplo, na Educação, eis que o estado é falho.
Por isso, parabenizo todos os movimentos religiosos que fazem de Santa Catarina um estado melhor, um estado, com certeza, condizente com os catarinenses. Agora, quero também aproveitar este momento, já que houve essa discussão, essa colocação por parte da deputada Ana Paula, do deputado Silvio Dreveck, e, assim como o deputado Kennedy Nunes, clarear algumas questões.
Em primeiro lugar, o governador Raimundo Colombo não saiu de Florianópolis e foi até o Japão para tratar somente de um assunto. Ele fez uma missão para a Coreia do Sul e para o Japão, deputado Elizeu Mattos, v.exa. que é líder do governo, e lá tratou de três assuntos pontuais. A primeira questão refere-se à atração de investimentos, geração de empregos, e aí tenho certeza de que a comunidade de Araquari vai ganhar uma fábrica de tratores, deputado Kennedy Nunes, graças à ida do governador para a Coreia e para o Japão; a de Joinville vai ganhar uma empresa que precisará de mais de 250 empregados e que não paga pouco. E são empresas de valor agregado.
Essas empresas que virão para Joinville, para Araquari, assumiram esse compromisso com o governador graças a essa viagem. Quer dizer, elas começaram a ver Santa Catarina com olhos diferentes. Então, essa ação faz parte do primeiro item da viagem, que é muito importante, afinal, o nosso estado é um dos que, proporcionalmente, mais geram empregos no país.
Lá se falou dos incentivos, daquilo que o estado tem de diferente, da conjugação de incentivo. Deputado Silvio Dreveck, v.exa. que entende muito bem da área econômica sabe o quanto é importante a conjugação do incentivo entre o Pró-Emprego e o Prodec, que foram aprovados por esta Casa, quando eu era secretário de estado. Todos sabem o quanto isso é atrativo.
O governador foi explicar para essas empresas como funciona essa conjugação de incentivos fiscais. E algumas, com certeza, na hora decidiram fazer investimentos e outras resolveram pensar mais um pouco, mas deverão investir na região.
Além da questão de atrativos de investimentos na área econômica, temos a questão da carne suína, que é um processo que dura dois anos ou três anos e que, infelizmente, vai levar mais um ano, deputado Kennedy Nunes. Mas não é apenas numa ida que vamos garantir que o governo japonês ou coreano de uma hora para outra comece a importar carne suína. São várias ações conjuntas, e uma delas é obrigatoriamente a ida do governador para lá.
Até entendo que alguns parlamentares, e respeito a deputada Ana Paula Lima, não tenham conhecimento necessário nesse aspecto, mas o governo japonês e o coreano entendem como fundamental a ida do governador catarinense para começar a avaliar com mais atenção a importação.
O deputado Kennedy Nunes também estava presente no momento da fala da ministra da Agricultura do Japão, e lembro-me perfeitamente, como se ela estivesse aqui na minha frente, quando disse: "Já que o senhor veio aqui pessoalmente, e Santa Catarina é um estado coirmão do estado japonês, que produz maçã também, vamos avaliar com muito carinho a questão da carne suína. Entendemos, realmente, que Santa Catarina quer vender para o Japão. E nós também queremos comprar de Santa Catarina. Daremos o retorno até o ano que vem." Esta foi a fala da ministra da Agricultura do Japão, deputado Kennedy Nunes, que colocou de forma muito clara que irá analisar a importação da carne suína pelo Japão, porque o governador do estado foi lá pessoalmente fazer o pedido e o encaminhamento.
E a terceira questão é a prevenção das cheias. Ora, se para resolver a questão do saneamento levou dois anos ou três anos depois da ida do ex-governador Luiz Henrique da Silveira para pedir o financiamento, depois da ida do ex-governador Leonel Pavan para assinar o financiamento e buscar recursos, seria muita ingenuidade, ou é muita ingenuidade, acreditar que em uma única ida ao Japão, deputado Kennedy Nunes, seria possível garantir desde a aprovação do projeto, o financiamento e a liberação do dinheiro. Ou será que as pessoas acham que o governador vai trazer o dinheiro em uma mala? Ora, não é dessa forma que funciona. E é importante deixar claro que o governo japonês entende como fundamental a ida do governador ao Japão para assumir esse compromisso. E o governador disse, de forma muito clara, que precisa do apoio dos japoneses, mas que vai buscar, sim, alternativa. Agora, os japoneses disseram que querem emprestar o dinheiro, mas querem algumas condições, ou seja, um processo de negociação que não seja a fundo perdido. É um empréstimo, e as pessoas precisam aprender como isso funciona.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)