Pronunciamento
Jean Kuhlmann - 003ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 08/02/2012
O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN - Sr. presidente, sras. deputados, srs. deputados, meus cumprimentos a todos.
Quero aqui, primeiramente, srs. presidente, srs. parlamentares e comunidade que nos acompanha, dizer que na tarde de ontem o deputado Ismael dos Santos teve a oportunidade de falar nesta tribuna sobre um projeto muito importante, e um exemplo, na verdade, não apenas para Blumenau, mas para todo o estado de Santa Catarina, chamado Blumenau 2050.
Aqui foi questionado, ontem, justamente sobre esse projeto, e algumas pessoas costumam dizer o seguinte: "Fazer um projeto para Blumenau em 2050?! Em 2050 talvez não vamos mais estar aqui. Em 2050 o que vamos fazer lá?"
Quero dizer a todos os deputados - e a deputada Angela Albino talvez vá disputar uma eleição municipal também - que ao projetar uma cidade para 2050 não se pode pensar somente em 2050. Temos que pensar no dia de hoje, qual é a ação que se vai tomar, hoje, e qual é o reflexo que ela vai trazer para o cidadão naquela época, naquele ano em 2050.
Vamos fazer a abertura de uma nova rua, a construção de uma nova ponte. Mas será que essa ponte e essa rua vão estar no local correto? Será que elas vão permitir o desenvolvimento do município e o crescimento da cidade? Nós vamos permitir que uma determinada região tenha a urbanização, a construção de um loteamento, a construção de um grande prédio, por exemplo. Será que isso vai ajudar para o futuro da cidade? Será que isso não vai atrapalhar? Quantas cidades, não somente de Santa Catarina, mas também do Brasil, viram construídos empreendimentos privados, ou até públicos, em áreas que dez anos depois ficaram degradadas, ou perceberam que não deveria ser feito ali.
Por isso que eu quero parabenizar a prefeitura de Blumenau, assim como o deputado Ismael dos Santos fez ontem, pela construção desse projeto chamado Blumenau 2050. Espero que esse projeto seja um exemplo para todo o estado.
O deputado Silvio Dreveck, que está aqui presente, já foi prefeito e sabe o quanto é importante planejar o desenvolvimento de um município, uma cidade, uma região, um estado e uma nação. E esse projeto pode ser um exemplo não apenas para Santa Catarina, mas também para o Brasil.
Esse projeto envolve, srs. parlamentares, várias áreas. Não é somente a questão da ocupação do solo. Ela é importante, sim, mas esse projeto tem um ponto fundamental, que é fazer com que Blumenau chegue daqui a 50 ou 100 anos garantindo qualidade de vida para o seu cidadão. Essa é a grande questão. Não é apenas se preocupar se pode construir um prédio, abrir uma rua, fazer uma ponte, mas se preocupar também em como fazer para garantir que uma cidade possa ter, efetivamente, qualidade de vida para os seus habitantes.
É dentro dessa visão que o projeto não trabalha somente a questão da ocupação do solo. Também tem que trabalhar a questão de investimentos na situação da circulação do transporte coletivo, enfim, vários investimentos.
E aí temos vários projetos, e o nosso papel, como deputado estadual, o papel do governo do estado e o papel do governo federal é ajudar o município na busca desses recursos.
Vários projetos estão sendo feitos e quero parabenizar o prefeito João Paulo Kleinübing porque existem projetos importantes, como aquele que eu falei ontem na tribuna, que é o do prolongamento da via expressa; existe o projeto do complexo da ponte do Badenfurt; uma nova marginal no rio Itajaí-Açu; a questão do prolongamento da Humberto de Campos; e várias e várias obras importantes para o desenvolvimento da cidade, pensando na questão da própria região metropolitana e qual o eixo do desenvolvimento.
Além dessa questão, existem também no projeto algumas iniciativas, como, por exemplo, a questão de qual a qualificação do trabalhador ou qual a indústria que nós queremos para o futuro de Blumenau.
Eu quero levantar aqui um assunto que vai, justamente, em consonância com essa questão, que é o fortalecimento de uma ideia que já foi colocada na tribuna e que está sendo trabalhada pela secretaria de estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através do secretário Paulo Bornhausen, por técnicos da Furb em Blumenau e por técnicos da Associação Comercial e Industrial de Blumenau, que é o fortalecimento da ideia do distrito da inovação.
Dentro desse Projeto Blumenau 2050, além da ocupação do solo, da questão da infraestrutura urbana de circulação de vias, de construção de novas pontes e ruas, existe também a preocupação com a qualificação da indústria, com a geração de emprego de qualidade, com a geração de renda e de mão-de-obra que tenha um valor de salário bom para garantir o sustento das famílias blumenauenses.
É por isso que queremos defender a ideia do distrito da inovação. No ano passado, tive a oportunidade de ir até Barcelona conhecer o 22@Barcelona, um projeto que pegou uma área totalmente degradada, que possuía várias indústrias que foram falindo, fechando, mudando de endereço e que acabou se tornando uma área totalmente abandonada em Barcelona. E lá se criou um projeto de inovação. É com esse conceito que quero defender o distrito da inovação em Blumenau e pedir realmente ao governador Raimundo Colombo e ao secretário Paulo Bornhausen que aceitem essa ideia, levem adiante, busquem recursos e ajudem o município para que possamos ter na região de Itoupava Seca, em Blumenau, uma área totalmente valorizada, permitindo trazer indústrias de conhecimento junto ao laboratório de tecnologia da Furb, o conhecido IPT. Nesse laboratório existem mais de 60 especialidades que podem atender a vários tipos de demandas de indústrias, e nós, na região da Itoupava Seca, podemos criar um distrito da inovação fazendo a junção do setor privado com a infraestrutura urbana, com o setor da universidade de conhecimento, de pesquisa e extensão, criando realmente uma nova geração de indústria de conhecimento e de geração de tecnologia que irá trazer valor agregado.
Por isso que o projeto Blumenau 2050 prevê esse tipo de ação e não somente a questão da geração de uma nova indústria na cidade, mas também a própria questão das habitações populares para garantir a residência às pessoas, e com isso fechando o ciclo da qualidade de vida para o cidadão.
É dentro desse contexto que quero parabenizar a prefeitura de Blumenau e o prefeito João Paulo Kleinübing por esse projeto Blumenau 2050, e dizer que realmente é algo muito importante para a cidade e para o estado, e quem sabe um grande exemplo para todo o país.
Além desse assunto, sr. presidente e srs. parlamentares, quero aqui também aproveitar a oportunidade para tecer um elogio a presidente Dilma Rousseff, parabenizando-a pela postura com relação aos aeroportos brasileiros. Muitas vezes as pessoas discutem se são contra ou a favor da privatização. A privatização é uma questão ideológica, que podemos ou não fazer. Os cidadãos estão acima dessa questão de discutir se são a favor ou contra a privatização, por uma questão ideológica.
Nós temos que nos preocupar que o serviço funcione, e quando o setor público não consegue fazer com que o serviço fique a contento do cidadão, ou seja, não consegue fazer com que um aeroporto atenda bem o seu usuário, não consegue ampliá-lo para acompanhar o crescimento do país, é importante, sim, uma concessão, uma privatização.
A postura da presidente Dilma Rousseff foi de coragem, de avançar num processo, e quero aqui parabenizá-la. Entendo que, independente se o aeroporto é privado, se tem uma concessão ou é público, o importante é que funcione para o usuário. Tem que funcionar, não importa o sistema que for adotado. O importante é que o cidadão seja atendido bem, que possa ter um serviço de qualidade e que isso possa refletir na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Esse é o grande objetivo.
Dentro dessa questão, podemos observar que nos três processos: o de Guarulhos, que arrecadou cerca de R$ 16 bilhões; o de Brasília, que arrecadou mais de R$ 4 bilhões; e o de Campinas, que arrecadou mais de R$ 3 bilhões, totalizando R$ 24,5 bilhões... E quero aqui também parabenizar a postura do ministro da Fazenda, que diz, de forma muito clara que o dinheiro arrecadado será reutilizado na melhoria da estrutura dos aeroportos do país.
Parabéns por essa postura, porque é justamente isso que entendo que é importe e que tem que acontecer. E se foi feita uma concessão, se foi arrecado o dinheiro, esse dinheiro não pode ser usado para pagar os juros da dívida externa. Ele tem que ser usado para o país. E quem sabe aí possamos, daqui a pouco, começar a pensar na concessão do Aeroporto de Navegantes, srs. deputados, e a usar o dinheiro arrecado na concessão do aeroporto para, quem sabe, investir na duplicação da BR-470, porque o aeroporto atende mal, temos uma rodovia que é assassina, e não podemos permitir que isso continue acontecendo. E talvez possamos trazer para Santa Catarina esse exemplo da concessão dos aeroportos brasileiros.
Vou fazer esta sugestão, hoje, ao governador Raimundo Colombo, deputado Silvio Dreveck: que ele agende uma reunião com a presidente Dilma Rousseff - e já falei isso para ele e vou falar novamente - para tratar exclusivamente da BR-470, e que leve a sugestão de buscar a concessão do Aeroporto de Navegantes...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero aqui, primeiramente, srs. presidente, srs. parlamentares e comunidade que nos acompanha, dizer que na tarde de ontem o deputado Ismael dos Santos teve a oportunidade de falar nesta tribuna sobre um projeto muito importante, e um exemplo, na verdade, não apenas para Blumenau, mas para todo o estado de Santa Catarina, chamado Blumenau 2050.
Aqui foi questionado, ontem, justamente sobre esse projeto, e algumas pessoas costumam dizer o seguinte: "Fazer um projeto para Blumenau em 2050?! Em 2050 talvez não vamos mais estar aqui. Em 2050 o que vamos fazer lá?"
Quero dizer a todos os deputados - e a deputada Angela Albino talvez vá disputar uma eleição municipal também - que ao projetar uma cidade para 2050 não se pode pensar somente em 2050. Temos que pensar no dia de hoje, qual é a ação que se vai tomar, hoje, e qual é o reflexo que ela vai trazer para o cidadão naquela época, naquele ano em 2050.
Vamos fazer a abertura de uma nova rua, a construção de uma nova ponte. Mas será que essa ponte e essa rua vão estar no local correto? Será que elas vão permitir o desenvolvimento do município e o crescimento da cidade? Nós vamos permitir que uma determinada região tenha a urbanização, a construção de um loteamento, a construção de um grande prédio, por exemplo. Será que isso vai ajudar para o futuro da cidade? Será que isso não vai atrapalhar? Quantas cidades, não somente de Santa Catarina, mas também do Brasil, viram construídos empreendimentos privados, ou até públicos, em áreas que dez anos depois ficaram degradadas, ou perceberam que não deveria ser feito ali.
Por isso que eu quero parabenizar a prefeitura de Blumenau, assim como o deputado Ismael dos Santos fez ontem, pela construção desse projeto chamado Blumenau 2050. Espero que esse projeto seja um exemplo para todo o estado.
O deputado Silvio Dreveck, que está aqui presente, já foi prefeito e sabe o quanto é importante planejar o desenvolvimento de um município, uma cidade, uma região, um estado e uma nação. E esse projeto pode ser um exemplo não apenas para Santa Catarina, mas também para o Brasil.
Esse projeto envolve, srs. parlamentares, várias áreas. Não é somente a questão da ocupação do solo. Ela é importante, sim, mas esse projeto tem um ponto fundamental, que é fazer com que Blumenau chegue daqui a 50 ou 100 anos garantindo qualidade de vida para o seu cidadão. Essa é a grande questão. Não é apenas se preocupar se pode construir um prédio, abrir uma rua, fazer uma ponte, mas se preocupar também em como fazer para garantir que uma cidade possa ter, efetivamente, qualidade de vida para os seus habitantes.
É dentro dessa visão que o projeto não trabalha somente a questão da ocupação do solo. Também tem que trabalhar a questão de investimentos na situação da circulação do transporte coletivo, enfim, vários investimentos.
E aí temos vários projetos, e o nosso papel, como deputado estadual, o papel do governo do estado e o papel do governo federal é ajudar o município na busca desses recursos.
Vários projetos estão sendo feitos e quero parabenizar o prefeito João Paulo Kleinübing porque existem projetos importantes, como aquele que eu falei ontem na tribuna, que é o do prolongamento da via expressa; existe o projeto do complexo da ponte do Badenfurt; uma nova marginal no rio Itajaí-Açu; a questão do prolongamento da Humberto de Campos; e várias e várias obras importantes para o desenvolvimento da cidade, pensando na questão da própria região metropolitana e qual o eixo do desenvolvimento.
Além dessa questão, existem também no projeto algumas iniciativas, como, por exemplo, a questão de qual a qualificação do trabalhador ou qual a indústria que nós queremos para o futuro de Blumenau.
Eu quero levantar aqui um assunto que vai, justamente, em consonância com essa questão, que é o fortalecimento de uma ideia que já foi colocada na tribuna e que está sendo trabalhada pela secretaria de estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através do secretário Paulo Bornhausen, por técnicos da Furb em Blumenau e por técnicos da Associação Comercial e Industrial de Blumenau, que é o fortalecimento da ideia do distrito da inovação.
Dentro desse Projeto Blumenau 2050, além da ocupação do solo, da questão da infraestrutura urbana de circulação de vias, de construção de novas pontes e ruas, existe também a preocupação com a qualificação da indústria, com a geração de emprego de qualidade, com a geração de renda e de mão-de-obra que tenha um valor de salário bom para garantir o sustento das famílias blumenauenses.
É por isso que queremos defender a ideia do distrito da inovação. No ano passado, tive a oportunidade de ir até Barcelona conhecer o 22@Barcelona, um projeto que pegou uma área totalmente degradada, que possuía várias indústrias que foram falindo, fechando, mudando de endereço e que acabou se tornando uma área totalmente abandonada em Barcelona. E lá se criou um projeto de inovação. É com esse conceito que quero defender o distrito da inovação em Blumenau e pedir realmente ao governador Raimundo Colombo e ao secretário Paulo Bornhausen que aceitem essa ideia, levem adiante, busquem recursos e ajudem o município para que possamos ter na região de Itoupava Seca, em Blumenau, uma área totalmente valorizada, permitindo trazer indústrias de conhecimento junto ao laboratório de tecnologia da Furb, o conhecido IPT. Nesse laboratório existem mais de 60 especialidades que podem atender a vários tipos de demandas de indústrias, e nós, na região da Itoupava Seca, podemos criar um distrito da inovação fazendo a junção do setor privado com a infraestrutura urbana, com o setor da universidade de conhecimento, de pesquisa e extensão, criando realmente uma nova geração de indústria de conhecimento e de geração de tecnologia que irá trazer valor agregado.
Por isso que o projeto Blumenau 2050 prevê esse tipo de ação e não somente a questão da geração de uma nova indústria na cidade, mas também a própria questão das habitações populares para garantir a residência às pessoas, e com isso fechando o ciclo da qualidade de vida para o cidadão.
É dentro desse contexto que quero parabenizar a prefeitura de Blumenau e o prefeito João Paulo Kleinübing por esse projeto Blumenau 2050, e dizer que realmente é algo muito importante para a cidade e para o estado, e quem sabe um grande exemplo para todo o país.
Além desse assunto, sr. presidente e srs. parlamentares, quero aqui também aproveitar a oportunidade para tecer um elogio a presidente Dilma Rousseff, parabenizando-a pela postura com relação aos aeroportos brasileiros. Muitas vezes as pessoas discutem se são contra ou a favor da privatização. A privatização é uma questão ideológica, que podemos ou não fazer. Os cidadãos estão acima dessa questão de discutir se são a favor ou contra a privatização, por uma questão ideológica.
Nós temos que nos preocupar que o serviço funcione, e quando o setor público não consegue fazer com que o serviço fique a contento do cidadão, ou seja, não consegue fazer com que um aeroporto atenda bem o seu usuário, não consegue ampliá-lo para acompanhar o crescimento do país, é importante, sim, uma concessão, uma privatização.
A postura da presidente Dilma Rousseff foi de coragem, de avançar num processo, e quero aqui parabenizá-la. Entendo que, independente se o aeroporto é privado, se tem uma concessão ou é público, o importante é que funcione para o usuário. Tem que funcionar, não importa o sistema que for adotado. O importante é que o cidadão seja atendido bem, que possa ter um serviço de qualidade e que isso possa refletir na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Esse é o grande objetivo.
Dentro dessa questão, podemos observar que nos três processos: o de Guarulhos, que arrecadou cerca de R$ 16 bilhões; o de Brasília, que arrecadou mais de R$ 4 bilhões; e o de Campinas, que arrecadou mais de R$ 3 bilhões, totalizando R$ 24,5 bilhões... E quero aqui também parabenizar a postura do ministro da Fazenda, que diz, de forma muito clara que o dinheiro arrecadado será reutilizado na melhoria da estrutura dos aeroportos do país.
Parabéns por essa postura, porque é justamente isso que entendo que é importe e que tem que acontecer. E se foi feita uma concessão, se foi arrecado o dinheiro, esse dinheiro não pode ser usado para pagar os juros da dívida externa. Ele tem que ser usado para o país. E quem sabe aí possamos, daqui a pouco, começar a pensar na concessão do Aeroporto de Navegantes, srs. deputados, e a usar o dinheiro arrecado na concessão do aeroporto para, quem sabe, investir na duplicação da BR-470, porque o aeroporto atende mal, temos uma rodovia que é assassina, e não podemos permitir que isso continue acontecendo. E talvez possamos trazer para Santa Catarina esse exemplo da concessão dos aeroportos brasileiros.
Vou fazer esta sugestão, hoje, ao governador Raimundo Colombo, deputado Silvio Dreveck: que ele agende uma reunião com a presidente Dilma Rousseff - e já falei isso para ele e vou falar novamente - para tratar exclusivamente da BR-470, e que leve a sugestão de buscar a concessão do Aeroporto de Navegantes...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)