Pronunciamento
Ismael dos Santos - 009ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 23/02/2011
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, deputado Jailson Lima, srs. deputados, sras. deputadas, é uma satisfação abrir os trabalhos desta tarde. Cumprimento, ainda, sr. presidente, o vice-prefeito de Otacílio Costa, João Pedro Velho, o velho Tibúrcio, que está acompanhado dos pastores Cordeiro e Cordeirinho, agora presidente da Assembleia de Deus de Otacílio Costa.
É uma satisfação recebê-los aqui.
Sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, tive a oportunidade de acompanhar, ontem, o governador Raimundo Colombo, em Blumenau, juntamente com o prefeito João Paulo Kleinübing, deputado Jean Kuhlmann, na Texfair Home - Primeira Feira Internacional de Produtos Têxteis para o Lar. Trata-se de um evento direcionado a lojistas e compradores profissionais, que se consolida como a maior feira da América do Sul em produtos de cama, mesa, banho, cortina, tapete, decoração etc. É uma belíssima feira, com mais de 300 marcas em exposição, distribuídas numa vasta área.
Quero parabenizar o diretor do Sintex - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau -, que está organizando essa feira, sr. Renato Valim, também o sr. Ulrich Kuhn, que é o presidente do Sintex, que tornou Santa Catarina a sede da indústria têxtil nacional.
É preciso lembrar que Santa Catarina é hoje o segundo maior polo têxtil do Brasil e todos os segmentos têxteis estão presentes no estado fazendo com que Santa Catarina seja um polo integrado e completo nessa área. São 4.200 indústrias instaladas em Santa Catarina, que representam 14% do total nacional e que juntas respondem por 18% do pessoal ocupado na cadeia têxtil brasileira. É bom lembrar também que no ano passado, e os indicadores mostram isso, foram registrados 145 mil profissionais catarinenses com carteira assinada diretamente ligados à indústria têxtil. Esse setor emprega 291 mil trabalhadores, entre registrados, terceirizados, autônomos, cooperados. O setor confeccionista brasileiro movimenta hoje R$ 88 bilhões. Esse foi o movimento de 2010.
Por tudo isso, nossos parabéns ao Sintex, parabéns a Blumenau, que mais uma vez recebe essa feira, parabéns a Santa Catarina, que, como disse, transforma-se esta semana na sede da maior feira da América do Sul no setor de roupa de cama, mesa, banho e também na área da decoração. Ficam aqui registrado os nossos votos de sucesso à Texfair Home 2011, e que ela possa repetir-se em 2012.
Quero aproveitar os minutos a que tenho direito nesta tarde para fazer um comentário de uma perspectiva, talvez ética, moral, mas que sinto a necessidade de fazer. V.Exa., deputado Altair Guidi, que já foi prefeito da nossa querida Criciúma, onde também passei a minha infância, com certeza vai entender-me.
Um deputado, desta tribuna, tem que se preocupar com a área da segurança, da saúde, com a infraestrutura, com os desafios que temos com a BR-470 e tantos outros investimentos que os governos estaduais e federal precisam fazer. Mas espera-se também de cada um de nós a defesa de princípios, a defesa de valores, a defesa daquilo que ainda pode sustentar o que há de melhor na sociedade, que é a família.
Por isso, srs. deputados, com a devida vênia de v.exas., faço um comentário sobre o programa Big Brother Brasil, sobre o qual já tive a oportunidade de me pronunciar no ano passado, mas agora, diante do posicionamento do Ministério Público Federal, achei interessante renovar os comentários.
O Ministério Público Federal apoiou a nota divulgada pela CNBB, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, através do seu procurador, Aurélio Rios, e classificou o programa Big Brother Brasil o de mais baixo nível moral dos realities shows do país. Segundo o procurador-geral da República, há várias iniciativas de procuradores em todos os estados com relação ao Big Brother Brasil, um dos principais alvos das críticas dentro da programação da televisão brasileira. Diz o procurador:
(Passa a ler.)
"Achamos que esse programa é um desserviço e serve à deseducação do povo brasileiro. Não estimula a criação do princípio de solidariedade, dos valores éticos das pessoas e da família." Afirma o procurador que acha também inapropriada a classificação etária indicativa desse programa de televisão.
(Continua lendo.)
"Na minha opinião, não deveria ser para 14, mas para 18 anos a censura do Big Brother Brasil."
Ressalto a nota da CNBB exorta todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal social, sempre com respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a sociedade.
Em dezembro de 2010, a Procuradoria-Geral do Ministério Público Federal encaminhou à diretoria da Rede Globo de Televisão recomendação para que fossem respeitados na 11ª edição os direitos constitucionais. Só o BBB 10 foi alvo de 400 denúncias, entre elas, homofobia, incitação à violência, apelo sexual, inadequação no horário de exibição e violação da dignidade da pessoa humana.
O Ministério Público Federal pede na sua ação que a TV Globo adote medidas preventivas e necessárias para evitar a veiculação de práticas de violação de direitos humanos, tais como: tratamento desumano ou degradante, preconceito, racismo e homofobia.
Por tudo isso, sr. presidente, srs. deputados, ratificamos aqui o que já dissemos no passado, de que em vez de assistir ao Big Brother Brasil é bem melhor ler um bom livro, uma poesia, fazer uma visita, mais do que isso, assistir ao Big Brother Brasil, repito, é acelerar a sentença de morte dos poucos valores que ainda restam na família brasileira.
É o nosso parecer, sr. presidente.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
É uma satisfação recebê-los aqui.
Sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, tive a oportunidade de acompanhar, ontem, o governador Raimundo Colombo, em Blumenau, juntamente com o prefeito João Paulo Kleinübing, deputado Jean Kuhlmann, na Texfair Home - Primeira Feira Internacional de Produtos Têxteis para o Lar. Trata-se de um evento direcionado a lojistas e compradores profissionais, que se consolida como a maior feira da América do Sul em produtos de cama, mesa, banho, cortina, tapete, decoração etc. É uma belíssima feira, com mais de 300 marcas em exposição, distribuídas numa vasta área.
Quero parabenizar o diretor do Sintex - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau -, que está organizando essa feira, sr. Renato Valim, também o sr. Ulrich Kuhn, que é o presidente do Sintex, que tornou Santa Catarina a sede da indústria têxtil nacional.
É preciso lembrar que Santa Catarina é hoje o segundo maior polo têxtil do Brasil e todos os segmentos têxteis estão presentes no estado fazendo com que Santa Catarina seja um polo integrado e completo nessa área. São 4.200 indústrias instaladas em Santa Catarina, que representam 14% do total nacional e que juntas respondem por 18% do pessoal ocupado na cadeia têxtil brasileira. É bom lembrar também que no ano passado, e os indicadores mostram isso, foram registrados 145 mil profissionais catarinenses com carteira assinada diretamente ligados à indústria têxtil. Esse setor emprega 291 mil trabalhadores, entre registrados, terceirizados, autônomos, cooperados. O setor confeccionista brasileiro movimenta hoje R$ 88 bilhões. Esse foi o movimento de 2010.
Por tudo isso, nossos parabéns ao Sintex, parabéns a Blumenau, que mais uma vez recebe essa feira, parabéns a Santa Catarina, que, como disse, transforma-se esta semana na sede da maior feira da América do Sul no setor de roupa de cama, mesa, banho e também na área da decoração. Ficam aqui registrado os nossos votos de sucesso à Texfair Home 2011, e que ela possa repetir-se em 2012.
Quero aproveitar os minutos a que tenho direito nesta tarde para fazer um comentário de uma perspectiva, talvez ética, moral, mas que sinto a necessidade de fazer. V.Exa., deputado Altair Guidi, que já foi prefeito da nossa querida Criciúma, onde também passei a minha infância, com certeza vai entender-me.
Um deputado, desta tribuna, tem que se preocupar com a área da segurança, da saúde, com a infraestrutura, com os desafios que temos com a BR-470 e tantos outros investimentos que os governos estaduais e federal precisam fazer. Mas espera-se também de cada um de nós a defesa de princípios, a defesa de valores, a defesa daquilo que ainda pode sustentar o que há de melhor na sociedade, que é a família.
Por isso, srs. deputados, com a devida vênia de v.exas., faço um comentário sobre o programa Big Brother Brasil, sobre o qual já tive a oportunidade de me pronunciar no ano passado, mas agora, diante do posicionamento do Ministério Público Federal, achei interessante renovar os comentários.
O Ministério Público Federal apoiou a nota divulgada pela CNBB, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, através do seu procurador, Aurélio Rios, e classificou o programa Big Brother Brasil o de mais baixo nível moral dos realities shows do país. Segundo o procurador-geral da República, há várias iniciativas de procuradores em todos os estados com relação ao Big Brother Brasil, um dos principais alvos das críticas dentro da programação da televisão brasileira. Diz o procurador:
(Passa a ler.)
"Achamos que esse programa é um desserviço e serve à deseducação do povo brasileiro. Não estimula a criação do princípio de solidariedade, dos valores éticos das pessoas e da família." Afirma o procurador que acha também inapropriada a classificação etária indicativa desse programa de televisão.
(Continua lendo.)
"Na minha opinião, não deveria ser para 14, mas para 18 anos a censura do Big Brother Brasil."
Ressalto a nota da CNBB exorta todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal social, sempre com respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a sociedade.
Em dezembro de 2010, a Procuradoria-Geral do Ministério Público Federal encaminhou à diretoria da Rede Globo de Televisão recomendação para que fossem respeitados na 11ª edição os direitos constitucionais. Só o BBB 10 foi alvo de 400 denúncias, entre elas, homofobia, incitação à violência, apelo sexual, inadequação no horário de exibição e violação da dignidade da pessoa humana.
O Ministério Público Federal pede na sua ação que a TV Globo adote medidas preventivas e necessárias para evitar a veiculação de práticas de violação de direitos humanos, tais como: tratamento desumano ou degradante, preconceito, racismo e homofobia.
Por tudo isso, sr. presidente, srs. deputados, ratificamos aqui o que já dissemos no passado, de que em vez de assistir ao Big Brother Brasil é bem melhor ler um bom livro, uma poesia, fazer uma visita, mais do que isso, assistir ao Big Brother Brasil, repito, é acelerar a sentença de morte dos poucos valores que ainda restam na família brasileira.
É o nosso parecer, sr. presidente.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)