Pronunciamento

Ismael dos Santos - 100ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/11/2014
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, srs. deputados, telespectadores da TVAL e ouvintes da Rádio Alesc Digital, nosso universitários, senhoras e senhores, sejam bem-vindos a esta Casa.
Hoje foi um dia de atender aos vereadores de diferentes regiões, recebemos o vereador Lucas, de Tubarão; o vereador Rogério, de Rio Rufino; e o vereador Mozart, de Itapema.
É uma temática da qual, naturalmente, pós-eleição, nós, parlamentares, temos que fazer parte para discutir os rumos do nosso país, para onde vamos e, de fato, como serão os próximos quatro anos sob a tutela da presidente Dilma Rousseff. E é claro que nosso trânsito não é apenas na classe política.
Eu estive em Lages na última segunda-feira, mais uma vez, acompanhando de perto aqueles que foram vítimas dessa catástrofe climática: a chuva de granizo. Há 20 dias essa chuva atingiu o planalto catarinense e estivemos acompanhando os trabalhos da Defesa Civil e conversando também com os residentes atingidos por essa catástrofe e, aproveitei ainda esta semana para conversar com os comerciantes e empresários que, de forma especial, quero destacar o Ronaldo Baumgarten Júnior, que é empresário da cidade de Blumenau, conhecido de v.exa., deputada Ana Paula Lima, e hoje desempenha a função de vice-presidente Regional da Fiesc.
Trata-se de um empresário muito bem sucedido, com a segunda maior indústria de rótulos do mundo, com negócios no México, na Argentina e com sede na cidade de Blumenau. E discutíamos exatamente as questões sobre os desafios do Brasil para os próximos quatro anos, e, como disse, procurei ouvir trabalhadores, operários, nossos amigos legisladores e, de uma forma muito especial, fui até a empresa do amigo Ronaldo Baumgarten Júnior para saber também o ponto de vista da indústria catarinense e quais as preocupações e as perspectivas para os próximos quatro anos.
E o meu amigo Ronaldo Baumgarten disse que havia escrito um artigo para um jornal de Santa Catarina em que sintetiza a sua visão e preocupações em relação aos próximos quatro anos. E eu pincelei aqui algumas frases que gostaria de compartilhar com aqueles que acompanham a sessão esta tarde.
É claro que enquanto empresário ele colocava os seus temores.
(Passa a ler.)
* "Baixo crescimento econômico do país;
* Elevação das taxas de juros;
* Inflação em alta;
* Desvalorização do real;
* Desconfiança do mercado."
E eu estou torcendo, deputado Jailson Lima, para que a presidente Dilma Rousseff possa, nas próximas horas ou nos próximos minutos, indicar Henrique Meirelles como ministro da Fazenda deste país. É o meu voto. Sei que a minha influência é zero, mas fica aí torcida para que o Meirelles assuma o ministério da Fazenda do país. Acho que isso traria, do ponto de vista econômico, certa segurança para o mercado.
Mas falava-me o empresário Ronaldo Baumgarten das suas preocupações em relação à política econômica executada pela presidente Dilma Rousseff no seu primeiro mandato e a preocupação de uma estagnação da economia haja vista os dados que temos acompanhado do PIB bastante baixo neste último trimestre, porque não dizer, no ano de 2014.
E aí ele coloca e eu destaquei aqui no seu artigo.
(Continua lendo)
"O que esperamos ver prioritariamente são medidas de estímulo à indústria como um todo, não apenas para setores específicos, mas uma reforma tributária e inflação controlada. Não há saída para o Brasil voltar a crescer sem incentivar o setor produtivo e enxugar os gastos públicos."
Desafios esses que certamente terão que ser enfrentados pela presidente Dilma Rousseff com pulso forte, firme, sobretudo porque também teremos um Congresso Nacional extremamente fragmentado a partir de 2015 com um menor número de congressistas da base aliada.
Portanto, hipoteticamente com menos apoio para enfrentar as difíceis reformas que o Brasil precisa, quer do ponto de vista político e tributário.
Conclui o Ronaldo Baumgarten no seu artigo.
(Continua lendo)
"É dever da classe empresarial se unir com ainda mais força para cobrar medidas que reequilibrem a balança comercial, mantenham o controle da inflação e retomem o crescimento econômico do país.
Apenas dessa maneira poderemos gerar mais emprego, renda e, consequentemente, um país mais rico e mais forte."
De início, assino embaixo do artigo do nosso vice-presidente da Fiesc, Ronaldo Baumgarten, um blumenauense que tem sido muito bem sucedido na sua caminhada industrial. E ele traçava, inclusive, um paralelo entre as plantas que ele tem no México, com 300 funcionários, e na Argentina, com 100 funcionários: um paralelo com a legislação trabalhista no Brasil. E não há dúvida de que precisamos avançar se de fato queremos um Brasil cada vez mais justo, seguro, firme, na sua perspectiva econômica sem abrir mão da justiça social.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)