Pronunciamento

Ismael dos Santos - 032ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 26/04/2011
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, srs. deputados e sra. deputada, nesta minha intervenção, preciso fazer referência à audiência pública sobre segurança, deputado Jean Kuhlmann, que ontem v.exa., de forma bastante qualificada, comandou na cidade de Blumenau, como membro que é da comissão de Segurança Pública desta Casa. Foram três horas e meia de debate com a presença, inclusive, dos deputados Maurício Eskudlark e Sargento Amauri Soares e da deputada Ana Paula Lima.
Deputado Jean Kuhlmann, tenho elogiado muito a imprensa local, mas me permito discordar do Jornal de Santa Catarina de hoje, que traz na sua primeira página - e pena que eu não trouxe um exemplar - a seguinte expressão: blablablá, acho que uma centena de vezes.
É verdade que foram quatro horas de audiência pública, de um debate até efervescente, em certos momentos, de um debate questionador com o secretário de Segurança Pública, a quem, inclusive, na última sessão critiquei. E quero agora elogiar a coragem do secretário de Segurança Pública, o promotor de Justiça César Grubba, que esteve na Câmara de Vereadores de Blumenau ouvindo a comunidade, as lideranças, os parlamentares e levando números.
E daí o meu protesto contra do blablablá do Jornal de Santa Catarina, porque entendo que graças à organização da sociedade civil as coisas podem melhorar. E quero, inclusive, fazer uma deferência à atuação da Acib - Associação Comercial e Industrial de Blumenau -, na pessoa do seu presidente Ronaldo Baumgarten Júnior, que teve um papel importantíssimo em toda a discussão sobre segurança pública no vale do Itajaí; à participação da Câmara de Vereadores que, inclusive, esteve nesta Casa representada pelo seu presidente, vereador Jovino Cardoso; à participação dos deputados, que lá estiveram ontem, e de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram com o debate.
Acho, sim, que aquela audiência pública trouxe resultados em números, e era isso que a sociedade de Blumenau e do vale do Itajaí queria ouvir, especialmente em relação ao efetivo. É verdade que da Polícia Civil não fomos contemplados com o que gostaríamos. Dos 202 policiais apenas um foi para Blumenau e nenhum para Lages. E aí questionamos se havia alguma interferência política ou se eram dados técnicos. A justificativa foi que de fato aqueles policiais haviam feito concurso para aquelas regiões e não poderiam ser transferidos.
Com relação aos policiais militares, que era o nosso grande questionamento, houve um compromisso - e iremos cobrar o cronograma, as datas e a aritmética propostos ontem, na audiência pública em Blumenau - de enviar para a região 49 policiais da turma de julho, 49 policiais de turma de janeiro de 2012 e 80 policiais da turma de novembro, perfazendo 165 novos policiais militares para Blumenau e região. E fizemos um apelo ao secretário de Segurança Pública para que 150 fiquem, de fato, na cidade de Blumenau.
Por isso, acho que a audiência pública foi proveitosa e resolutiva quando de fato atendeu ao nosso clamor, ao nosso pedido, ao nosso apelo ao governador Raimundo Colombo. Tenho certeza de que poderemos agora, com legitimidade, cobrar esses números e esse cronograma.
O Sr. Deputado Jean Kuhlmann - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Ouço v.exa., deputado Jean Kulmann, que, de forma tão eficiente, comandou a audiência pública, ontem, em Blumenau.
O Sr. Deputado Jean Kuhlmann - Deputado Ismael dos Santos, quero somar-me ao seu pronunciamento e dizer que penso da mesma forma que v.exa.
Muitas vezes as pessoas dizem que o deputado não faz nada, que não trabalha para a sua região, para a sua comunidade. Se o deputado não faz nada, é porque não trabalha; se faz uma audiência pública, leva o secretário para lá e ele se compromete com a questão do efetivo para a cidade, dizem que é blablablá. Ora, o secretário não se comprometeu com um, dois ou três policiais, ele se comprometeu com mais de 150 policiais. Assumiu um compromisso apresentando um cronograma de forma objetiva e organizada. Falou na questão da compra de câmeras de vigilância, ou seja, pegou um item, que é a questão da Polícia Militar, e trouxe algo efetivamente concreto para a cidade e região.
É claro que todos queriam que os policiais entrassem com ele na audiência, mas os policiais têm que passar por uma formação. Ele está como secretário há quatro meses e tem que ter tempo para fazer o seu trabalho, tem que ter um período para poder organizar-se.
Então, acredito que, dentro da possibilidade que a lei lhe permite, a audiência foi extremamente produtiva. Temos que avançar, sim, na questão da Polícia Civil, na questão dos bombeiros e do Instituto Geral de Perícia, o IGP. Mas dizer que a audiência não foi produtiva é algo muito ruim, até porque acho que foi muito produtiva, sim, conforme v.exa. falou, e extremamente proveitosa, pois levou o secretário a Blumenau e, acima de tudo, mostrou-lhe a organização da comunidade.
Assim, não foram somente os números que abrilhantaram a audiência, mas também a participação da comunidade. Nunca vi uma audiência pública em Blumenau com a participação de tanta gente e com tantas pessoas representando a comunidade. A audiência foi produtiva, sim, em todos os aspectos!
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Obrigado, deputado.
Sr. presidente, fica aqui, portanto, o nosso registro e acrescento à sua fala, deputado Jean Kuhlmann, a perspectiva de novas câmeras de vigilância, ou seja, monitoramento eletrônico com 50 novos equipamentos, principalmente na periferia da cidade de Blumenau.
É claro, não é tudo o que gostaríamos, mas foi um grande passo, um grande avanço. Vamos continuar no combate, na cobrança, através deste Parlamento, na questão na segurança em Blumenau e em toda Santa Catarina.
Permitam-me sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, nesses minutos finais, apresentar o meu mais novo livro, Bilhete no Muro, que lançamos ontem em Blumenau, com a presença do deputado Jean Kuhlmann e também do nosso amigo Lúcio César Dib Botelho, secretário de Desenvolvimento Regional de Blumenau, numa festividade que reuniu mais de 500 pessoas.
Trata-se de uma ficção focando a questão dos cristãos perseguidos no Iraque, trazendo um pouco o debate da política internacional, a tensão árabe-israelense.
Quero, com muito carinho, posteriormente, entregar aos srs. deputados um exemplar deste livro, em que faço uma homenagem à nossa capital, Florianópolis, onde crio toda a ficção. O protagonista é um empresário que sai daqui, vai parar em Jerusalém e lá, no Muro das Lamentações, deputado Padre Pedro Baldissera, encontra um bilhete com um enigma que o faz parar no Iraque. Aí começa toda a trama que criamos para chamar a atenção de todos os brasileiros às questões que dizem respeito ao Oriente Médio que, de uma forma ou de outra, acabam influenciando nas políticas internacionais, em especial, nas questões da ONU.
Faço, inclusive, deputado Neodi Sareta e Luciane Carminatti, uma homenagem ao senador Eduardo Suplicy, citando-o como um personagem ficcional, até porque ele esteve também lá no Iraque falando sobre renda mínima e por isso entramos também nesse debate, nessa proposta. Este livro, lançado pela editora Nova Letra, de Blumenau, será colocado à disposição de v.exas. e da comunidade catarinense.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)