Pronunciamento

LUNELLI - 036ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 23/04/2024
DEPUTADO LUNELLI (Orador) - Critica a falta de cuidado com o dinheiro público proveniente da proposta do Senador Eduardo Gomes - PL/TO, sobre o pagamento de quinquênios para os membros do Judiciário, ao qual custará no mínimo R$ 2 bilhões por ano aos cofres públicos, caso seja aprovado pelo Congresso. Lembra que cobrou do Senado o prosseguimento do projeto que acaba com os supersalários no funcionalismo, o qual está parado desde 2021. Afirma que caso seja aprovado serão economizados R$ 3,7 bilhões por ano, o que poderiam ser investidos em áreas como saúde, segurança e preservação do meio ambiente. Transcrição: Mirela]

DEPUTADO NAPOLEÃO BERNARDES (Orador) - Registra que hoje é o Dia Mundial do Livro, mas considera que, infelizmente, há pouco para celebrar. Discorre sobre os incontáveis benefícios da leitura, como raciocínio, criatividade, pensamento crítico, imaginação, melhora do vocabulário, da escrita e da comunicação, alivia o estresse e permite mais motivação. Ressalta que a leitura é um exercício para ter mais foco e concentração, que são as dificuldades dos tempos modernos.
Ao acompanhar o desenvolvimento da economia no mundo, e as novas habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, percebe que a excelência no conhecimento técnico não é mais um diferencial, é um pressuposto, destacando-se aquele que tem as habilidades que máquinas não têm, como de liderança, da comunicação, da negociação, do pensamento crítico, e salienta que a leitura é um componente indispensável para o aprimoramento de tais habilidades.
Apresenta dados sobre um estudo internacional que mensura a capacidade de leitura das crianças na 4ª série, em 57 países, e o Brasil fica em 52º lugar. Segundo o estudo, cerca de 85% da população brasileira adulta não comprou nenhum livro em 2023, 44% da população admite que não lê absolutamente nada, e 30% da população nunca comprou um livro sequer.
Analisando tal situação, observa que em Blumenau não existe mais bancas de revistas, onde se comprava revistas, gibis e jornais, elas foram transformadas em tabacarias. Nota que isso diz muito em relação à sociedade atual. Quanto à questão das novas tecnologias, reconhece a sua importância na contemporaneidade, mas não pode haver uma substituição, e neste sentido é responsabilidade da família, da sociedade e do Estado para salvaguardar o futuro das novas gerações.
Diante destes tristes dados, pede a reflexão de todos e um compromisso como sociedade na busca de conscientização, junto com a família e a escola, para que seja possível desenvolver o hábito de leitura na vida individual e coletiva. [Taquígrafa: Sara]