Pronunciamento

ANA CAMPAGNOLO - 027ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 13/04/2023
DEPUTADA ANA CAMPAGNOLO (Oradora) - Pronuncia-se a respeito da homenagem recebida pela Câmara Municipal de Florianópolis - a Medalha Antonieta de Barros, fato que motivou por parte de uma deputada feminista da Alesc discurso de desagravo na véspera do Dia Internacional da Mulher. E por tal fato, menciona que durante os últimos 30 dias estudou e leu dissertações publicadas, artigos bibliográficos e um livro que contam a vida de Antonieta de Barros, tudo relacionado a primeira Deputada mulher no Brasil e negra.
Ao afirmar que Antonieta era uma cristã convicta, como consta nas leituras que realizou, exibe o seguinte slide: "Já Antonieta utilizava o discurso das desigualdades como um desajuste das interpretações religiosas, invocando continuadamente os princípios que a orientam: os católicos. Para ela, a evolução da humanidade não aprimora o humano se a vaidade, o individualismo e o egoísmo não forem contidos".
Em continuidade à exibição de slides faz comentários de trechos de um artigo acadêmico que foi publicado em um evento feminista, como o que diz: "No entanto se mostrava conservadora quanto às atitudes que simbolizavam posturas libertárias, de rupturas e de enfrentamento dos papéis normativos". Logo, entende que Antonieta de Barros jamais concordaria com as feministas de hoje, porque ela era conservadora.
Também, faz referência ao artigo da pesquisadora Eliana de Freitas Dutra, a qual fez comparação do pensamento político de Antonieta de Barros, e exibe o seguinte trecho: "Ordem, família, pátria, moral, trabalho, propriedade, autoridade e obediência são temas que confluem para o objetivo da preservação da ordem social, para o saneamento da sociedade, para reforçar os poderes da família, da Igreja, do Estado, da polícia, dos empresários". E, a partir da citação desse artigo, mostra a primeira mentira da deputada feminista da Alesc. E para falar a segunda mentira que a deputada discursou sobre Antonieta de Barros, exibe slide do trecho do livro que leu para contestar a questão de ter aberto uma escola só para meninas negras carentes, que diz: "No Curso Primário Antonieta de Barros, eram oferecidas matrículas para meninos e meninas, nos quatro anos iniciais de ensino. E, embora se diga, por motivos os quais desconhecemos, não eram aulas totalmente gratuitas e tampouco exclusiva aos negros".
A terceira mentira refere-se à questão do racismo, pois disse que a Deputada Ana Campagnolo é contra a luta contra o racismo. Ao comentar sobre as três mentiras ditas pela deputada feminista, afirma que vexatório é uma deputada feminista fazer uso da tribuna para dizer que admira uma mulher que não conhece.
(Discurso interrompido pelo término do horário regimental.)
(Pausa)
DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK (Presidente) - Neste momento, o sr. Presidente concede mais seis minutos do horário do partido para que a Deputada Ana Campagnolo possa concluir seu pronunciamento, conforme concordância dos srs. Líderes.
DEPUTADA ANA CAMPAGNOLO (Oradora) - Agradece ao sr. Presidente.
Em tempo, afirma que foi acusada de ser incoerente, pois deveria devolver a medalha. Por isso, pesquisou qual era o partido de Antonieta de Barros, e descobriu que era do Partido Liberal quando se elegeu deputada pela primeira vez, ou seja, o mesmo partido da Deputada Ana Campagnolo. Assim, entende que não é incoerente dar a Medalha Antonieta de Barros para uma mulher cristã, professora.
E para encerrar seu pronunciamento, faz dois comunicados do seu trabalho em prol do povo catarinense. O primeiro, fala que no dia 25 de abril, às 19h, na Alesc, ocorrerá uma audiência pública para discutir a pesca industrial da tainha, que foi proibida no Estado catarinense pelo Presidente da República, que é do partido da deputada feminista. E o segundo, é um convite para a ExpoMar, em Itajaí, nos dias 29 e 30 de junho. [Taquígrafa: Sílvia]