Pronunciamento

Carlos Humberto - 078ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 14/10/2020
DEPUTADO CARLOS HUMBERTO (Orador) - Menciona que fez uma indicação ao Secretário de Estado da Saúde e ao Governador sobre a Portaria n. 710, de 18 de setembro, e solicitou que fizessem uma alteração do art. 2º, nos parágrafos que tratam da questão dos eventos e das aulas.
Diz que fica atento quando o Executivo de Santa Catarina se manifesta acerca do coronavírus e, na data de ontem, foram informados 228 mil casos confirmados, 217 mil curados e, infelizmente, 2.918 mortes. Fala da relevância do trabalho feito, pois se comparado a outros Estados, Santa Catarina está melhor, mas isso não quer dizer que é perfeito e não haja algumas correções a fazer, e no seu modo de ver, a maior delas está relacionada à questão do ensino infantil.
Relata que o ensino infantil é de atribuição dos municípios e, nas maiores regiões do Estado, já existiam filas de espera por uma vaga nos centros de educação infantil público. Diz que o ensino infantil na rede particular, nas grandes cidades catarinenses, atende 70 mil crianças, as quais não terão, no próximo ano, atendimento na rede pública, pois o mesmo não tem estrutura física e nem recursos.
Menciona que o ensino infantil particular é facultativo, não tem grade curricular, vai quem quer, e pode muito bem estar acontecendo, em qualquer região, independente do grau de epidemia, até porque os graus definidos por essas cores são discutíveis. Destaca que tal situação acontece com os eventos, questionando os restaurantes cheios, dentro das normas, e se pergunta por que não é possível fazer uma festa de casamento. Exemplifica o Parlamento, os Deputados presentes, e questiona por que não pode haver uma palestra, indagando qual é a diferença. Entende que basta criar um regramento, independente de cor. Alerta que são 900 mil catarinenses que vivem do setor de eventos e estão com muitas dificuldades, já aconteceram três mil demissões no ensino infantil, e pergunta até quando se fingirá que esses catarinenses não existem.
Concorda que foi feito um bom trabalho na pandemia, mas reconhece que existem pontos a resolver, e enfatiza que são catarinenses que precisam ser escutados que estão, todos os dias, nos gabinetes dos Deputados, pedindo para trabalhar, o que é um direito fundamental dos cidadãos.
Registra que ainda não obteve resposta da sua indicação, mas se solidariza com os Deputados que o antecederam, e, acima de tudo, com esses catarinenses que querem, precisam trabalhar, e que, infelizmente, não têm voz e vez dentro do Governo do Estado. [Taquígrafa: Eliana]