Pronunciamento

Mauro de Nadal - 062ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 05/08/2015
O SR. DEPUTADO MAURO DE NADAL - Gostaria de cumprimentar o sr. presidente, cumprimentar a todos os srs. colegas deputados, parabenizar o deputado Jean Leutprecht pela sua fala, pela sua manifestação, e lembrar neste dia a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos do Brasil. Faltam 365 dias!
Gostaria de lembrar também, sr. presidente, das dificuldades que esses atletas olímpicos brasileiros enfrentam para o seu preparo. Aí a gente faz um comparativo das atividades, da dedicação de todos esses atletas, a gente faz um comparativo financeiro com os salários do nosso futebol mecânico brasileiro, sendo algo que não se compara pelo espírito atlético desses atletas olímpicos, com o espírito atlético dos jogadores de futebol, porque os atletas olímpicos disputam a competição e se preparam por amor à camisa e levam o símbolo do Brasil como a sua maior conquista, enquanto que os outros atletas, percebemos, é pelo status, pela grande mídia, pelo salário e não para fazer com que o esporte brasileiro seja colocado em evidência. E o grande exemplo disso foi aquele vexatório de 7x1 sofrido no confronto com a Alemanha, na Copa do Mundo, realizado aqui no país, no ano passado. E falei futebol mecânico porque a gente percebe que o talento parece que fica de lado, entra a mecânica da preparação do atleta e, em cima disso, os jogadores parecem robôs em campo: no lado que cruzam a bola, como jogam e se comportam. Acabou aquele brilho que éramos acostumados a ver no futebol brasileiro e que atraia as pessoas pela plástica do futebol, pela desenvoltura das jogadas. Parabéns pelo tema, deputado Jean Leutprecht.
Quero lembrar aqui de uma importante reunião que tivemos ontem em Brasília, capitaneada pelo nosso senador Dário Berger, a pedido nosso, numa vinda do senador ao extremo oeste do estado catarinense, em que ele teve oportunidade de ver as dificuldades em que se encontram as três principais rodovias do extremo oeste catarinense: BR-158, BR-163 e a BR-282.
Em virtude disso solicitamos a ele que agendasse uma audiência com a nossa presidente Dilma Rousseff, se não possível com a presidente, então, que agendasse com o vice-presidente uma conversa porque através do DNIT aqui de Santa Catarina nós cansamos; através do ministério dos Transportes estávamos também cansados, porque os resultados não aconteciam, eram somente encaminhamentos de uma possibilidade da execução dessas obras através de tal de Crema, que é um projeto federal, que a gente apenas ouve, mas não sentimos o sabor desse crema, porque na prática nada acontece, principalmente nesses trechos, de Xanxerê ao extremo oeste do estado catarinense e, quando acontece, eles são suspensos na metade do seu caminho, a exemplo da BR-163, que liga o município de São Miguel d'Oeste até a divisa com a Argentina, ou seja, o nosso município de Dionísio Cerqueira, que a obra teve início, paralisou e não conseguimos dar uma resposta à sociedade de quando é que esses trabalhos serão retomados até porque aquilo que foi feito na rodovia está se perdendo, pois o tempo, o tráfego intenso acaba deteriorando o pouco que já foi feito naquela rodovia.
Então, solicitamos essa audiência, que foi prontamente ajustada em Brasília, e ontem estivemos lá acompanhados de parlamentares federais, de representantes de 38 municípios do extremo oeste de Santa Catarina que hoje sentem a dificuldade de locomoção por essas rodovias.
E para a nossa felicidade fomos, não apenas bem recebidos pelo nosso vice-presidente da República, mas também bem encaminhados. A partir da conversa houve uma determinação, uma solicitação do vice-presidente para que o ministro dos Transportes nos recebesse no passo seguinte, uma hora após a conversa com o vice-presidente, e que fizesse todos os encaminhamentos necessários, inclusive o remanejamento orçamentário, se não tivéssemos recursos e condições de executar essas obras, de outras obras, para que assim se desse a atenção necessária e imediata à recuperação dessas rodovias para restabelecermos a trafegabilidade nas três rodovias do extremo oeste catarinense.
E aí também como sugestão nossa, que fosse colocado em atividade para um trabalho mais rápido nessas rodovias, o uso da mão de obra e de todo o conhecimento do Batalhão de Engenharia de construção do Exército de Lages. Sabemos que esse batalhão tem feito obras importantes no território catarinense.
Então, a sugestão nossa e também sugestão essa que foi endossada pelo vice-presidente da República, para que o ministro dos Transportes fizesse os contatos necessários para que, pelo menos a BR-158, a pior rodovia federal no território catarinense, se usasse dessa força do Exército Brasileiro para a recuperação e dar condição de segurança de trânsito naquela rodovia.
Então, a reunião foi muito boa, positiva. Tivemos também uma reunião muito produtiva no ministério da Integração Nacional, onde tratamos da situação dos municípios atingidos pelas enchentes que aconteceram neste mês de julho. Agora os municípios estão correndo atrás dessa papelada, da parte burocrática para poder ter acesso a esses recursos para recompor patrimônio, vias públicas, bens públicos que foram atingidos pelas cheias.
Neste mesmo tema, também esses municípios foram convidados pelo nosso gabinete a participar de uma audiência que acontecerá amanhã, 6 de julho, às 11h, com o nosso governador do estado, João Raimundo Colombo, com os secretários da Defesa Civil, Milton Hobus, e da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, para podermos agilizar a parte de apoio do governo catarinense para com esses municípios atingidos.
Então, todos estarão aqui participando dessa conversa na manhã desta próxima quinta-feira.
Do desdobramento também das reuniões em Brasília com o vice-presidente, depois com o ministro dos Transportes, resultou numa agenda que vamos ter agora também na sexta-feira, às 15h, na Acamosc, em Chapecó, com a presença do ministério dos Transportes, do DNIT de Santa Catarina, com essas lideranças que estiveram em Brasília, para traçarmos o passo seguinte, resultado dessa conversa que fizemos na terça-feira passada lá em Brasília, para darmos efetividade a tudo aquilo que foi conversado e encaminhado.
Então, vejo com bons olhos, essa nossa pauta de trabalho em Brasília e acredito que conseguiremos dar uma resposta, não apenas de Santa Catarina, mas também ao nosso país, porque essas rodovias dão um importante acesso pelo território catarinense a muitos estados da nossa federação.
Então, voltei muito otimista, muito positivo, vejo que deu resultado a conversa, deu resultado esta mobilização de todos esses municípios do extremo oeste catarinense, porque levamos à nossa presidente da República o nosso pedido de socorro, foram inúmeras reuniões, como relatei em outras oportunidades aqui neste Parlamento, e inúmeros foram os encaminhamentos feito ao DNIT catarinense, mas que na prática nada aconteceu para que desse respaldo à reivindicação e aos desejos de todo aquele povo que vive no extremo oeste catarinense.
Então, agora pela voz e pela força do segundo comando do nosso país, acredito que teremos a sensibilidade da presidente da República em colocar como prioridade esses três trechos que não representam muito em quilometragem, mas que representam muito em economia, desenvolvimento não só para Santa Catarina, mas também para o nosso país.
Seria isso, sr. presidente.
Obrigado pela oportunidade.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)