Pronunciamento

PAULINHA - 059ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 01/09/2020
DEPUTADA PAULINHA (Oradora) - Manifesta a vontade de falar de vida, de valores, de justiça, de escolhas, reflexões que hoje compartilha com seus Colegas. Assim, afirma: o que lhe empodera não é a cadeira de Deputada estadual, mas a força que vibra em seu peito quando encontra causas que lhe inspiram; o que lhe faz Líder não é a honrosa condição conferida pelo Governador, mas a força da mulher catarinense que não se acovarda diante das tempestades.
Menciona a sua vontade intransigente de ser um instrumento para o bem, não carregando consigo arrependimentos, pois trilha o caminho da liberdade, da coragem de defender aquilo que acredita ser o melhor para Santa Catarina e para o País, coerência que aprendeu com Leonel Brizola. A seu ver, o melhor para o povo está longe de ser uma discussão sobre o impeachment do Governador e da primeira vice mulher, pelas razões técnicas e jurídicas que estão expostas nos processos dos procuradores.
Ressalta que não é demais repetir que o denunciante não merece nenhum crédito, porque homem que bate em mulher, não tem, e nunca terá de si um fio de respeito. Afirma que a palavra de um homem é um valor fundamental, mas precisa vir acompanhada de capacidade técnica, de trabalho, voltada para resultados reais.
Enfatiza que foi forjada na luta, assim como os Deputados Laércio, Fabiano, Volnei, que foram prefeitos na mesma época, em cidades pequenas, com grandes dificuldades. Histórias também que sagraram homens, como o Deputado Mauro de Nadal, o ex-prefeito Saretta, que mostram que a velha e a nova política não existem. Diz que, como muitos deles, escolheu o lado da política bem feita, para servir, como doutrina o Presidente Julio Garcia.
Registra que não seria difícil transcorrer pelas qualidades de cada um dos Parlamentares da Casa, de modo especial as meninas da Bancada Feminina, nas pessoas da Ada, da guerreira Lu e da fraterna Marlene. Cita o brilhantismo do amigo Vampiro, nas questões jurídicas, a lealdade do Deputado Rodrigo, e dos mais experientes colhe as grandes lições, em suas manifestações, que aprendeu com poucas palavras repletas de sabedoria dos Deputados Titon, Nazareno, Sopelsa e de tanto outros colegas. Embora discorde, várias vezes, do Deputado Kennedy, destaca a sua bravura na defesa das vítimas da violência e da luta contra o suicídio.
Falando sobre justiça, leu o parecer do Ministro Peluso e retoma a conversa do impedimento. Enfatiza que não há nexo causal para o afastamento do Governador, e é por isso que a causa do impeachment flerta com o eventual silêncio de todos. Aprendeu, com o seu pai, fã inconteste do ex-governador Esperidião, que não se pode condenar um inocente e calar diante de uma injustiça.
Deixa claro que a defesa não é pelo Moisés ou pela Daniela, é por aquilo que aprendeu até então e por suas filhas, o que lhes ensinou sobre ética, defender o que é certo, e não o que for mais confortável ou conveniente. Reconhece os inúmeros erros do Governo para com o Parlamento, mas a resposta da Assembleia sempre foi de colaboração, com a reforma administrativa, os incentivos fiscais, os inúmeros projetos aprovados na pandemia, e os mais de R$50 milhões devolvidos pela Casa para o Estado aplicar em favor do catarinense.
Reconhece a ferida provocada pelo caso dos respiradores, que decepcionou, minando a confiança de muita gente neste momento difícil. Cita que é preciso reconhecer também as ações positivas que, neste momento, são invisíveis. Comenta que a fotografia de agora, a qual muitos chamam de "conjunto da obra", não reflete a verdade dos bastidores, pois para que as transformações apareçam é necessário um tempo de maturação. Afirma que o Governo tem amadurecido, dia a dia, e fortalecido sua capacidade de resposta diante das crises.
Dirige-se aos Deputados, solicitando a abertura de um novo momento de diálogo com o Executivo e se põe na condição de instrumento com sua liderança. Pede para que perdoem questões pessoais mal colocadas, e que continuem cobrando firme as imperfeiçoes do Governo, que precisa demais do Parlamento para seguir em frente e está pronto para receber o apoio.
Finalizando, salienta que não sejam os 40 homens e mulheres a subtrair o sagrado direito de voto das mãos dos catarinenses, direito esse pelo qual tantos morreram. E que possam seguir em frente com orgulho de suas histórias de vida. [Taquígrafa: Eliana]