Pronunciamento

Kennedy Nunes - 059ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 01/09/2020
DEPUTADO KENNEDY NUNES (Orador) - Dirige-se à Deputada Paulinha, em razão do pedido para desconsiderar a questão do impeachment do Governador Carlos Moisés, e coloca que não teria como chegar em casa e dizer que absolveu o Governador, pois, por culpa dele, R$33 milhões sumiram dos cofres públicos.
Afirma que continuará na defesa do Estado de Santa Catarina, e que o impeachment vai continuar porque a Justiça está, cada vez mais, aprimorando o processo, e a decisão que saiu ontem somente o legalizou mais ainda. Cita que há pouco, inclusive, a Justiça negou o pedido da Vice-Governadora, que queria pular fora. Enfatiza que escolhas têm consequências e atos também, e diante dos fatos, não há argumentos.
Por esse motivo mostra um vídeo, no telão, apresentando dois fatos, e pede para que os deputados e quem acompanha façam o juízo de valor. O primeiro fato aconteceu em Lages, quando um policial militar invadiu a casa de três estudantes que comemoravam a aprovação de um TCC, pegaram o telefone de quem estava filmando e começaram as agressões. Em repúdio, grupos da faculdade, onde as meninas estudaram, fizeram uma carreata com buzinaço, pedindo para que a Polícia Militar apurasse o acontecido. Comenta que o Governo resolveu multar cada pessoa que estava na carreata em quase R$3 mil, pela justificativa de usar buzina prolongada e sucessivamente, a qualquer pretexto, em Lages; e outra, participar na via, como condição em evento organizado sem permissão, em Lages. Afirma que não quer emitir valor sobre isso, mas pede que as pessoas façam uma avaliação sobre quem tem a razão: os alunos que foram protestar pela agressão, ou o Governo Moisés que aplicou a multa aos veículos.
Cita o segundo ato do Governo, relembrando as denúncias que foram feitas, na Assembleia, com relação ao Porto de São Francisco do Sul, quanto aos pombos de ouro e dispensa de licitação. Também um conselheiro, representante dos trabalhadores desse porto, fez uma carta aberta denunciando e não aprovando os desmandos que foram, inclusive, motivo da queda da diretoria. Acrescenta que o Porto de São Francisco do Sul fez, agora, com os novos diretores, a retirada da representação dos trabalhadores do conselho.
Ainda, cita outro exemplo, a mudança de todas as gerências da Celesc, na região do oeste, porque tem partido que não quer conversar com o Governador. Entende que a luta do Governador, agora, é por sobrevivência, e que deveria começar a arrumar a sua mudança da Casa da Agronômica. Comenta que esse tipo de governo que persegue trabalhadores, porque denunciam situações, não é aquele que Santa Catarina merece. E acrescenta que esse Governo, que multa estudantes que vão às ruas fazer o seu protesto em defesa de colegas agredidas por policiais militares, os catarinenses não aceitam.
Afirma que está torcendo para saber o resultado do que está acontecendo no Superior Tribunal de Justiça. Diz que ora todos os dias para que o STJ dê alguma notícia, e refere-se à questão dos R$33 milhões, o roubo que ficou comprovado, no relatório da CPI, que o Governador sabia. Por fim, comenta que um Governo com essas atitudes não merece respeito, e conclui que estará aqui, denunciando, cobrando e exigindo a saída do Governador Moisés. [Taquígrafa: Eliana]