Pronunciamento
Kennedy Nunes - 026ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 11/04/2007
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, público que nos assiste pela TVAL, que nos acompanha pela Rádio Digital Alesc, colegas de imprensa que estão aqui também, pessoas que nos acompanham na tarde de hoje, eu quero utilizar bem este tempo, até porque ouvi o que os deputados da base da Situação falaram hoje aqui com relação aos 100 dias de governo.
Eu, ontem, assomei à tribuna para falar sobre o evento que eu fui e que aconteceu, ontem, em Joinvile. No início do evento, eu encontrei lá o deputado Darci de Matos, mas como eu e a minha bancada tínhamos um almoço com o procurador que estaria aqui assumindo a promotoria pública, não pudemos ficar até o final. Mas hoje, ouvindo os deputados Nilson Gonçalves e Darci de Matos falarem a respeito do evento que aconteceu em Joinville, eu fiquei sem entender algumas coisas.
O convite que nós recebemos e a informação que saiu, hoje, na imprensa é que o governo do estado teria liberado um pacote de R$ 20 milhões para a Educação. O deputado Nilson Gonçalves tem em suas mãos um papel e o deputado Darci de Matos afirma que são 18 milhões de reais e mais alguma coisa, ou seja, 10% de diferença. O anúncio é de R$ 20 milhões, mas na verdade são R$ 18 milhões.
E o que me preocupa, é quando a bancada da Situação vem aqui falar das obras que estariam sendo inauguradas, porque parte desses R$ 18 milhões que foram anunciados, ontem, em Joinville, para a Educação, deputado Jandir Bellini, são referentes ao art. 170. O que é isso? Obrigação! Parte do outro dinheiro, em torno de R$ 5 milhões, é para o transporte escolar. O que é isso? Obrigação!
Então, fazer desse papel de obrigação, que está garantido por lei, como se fosse uma obra da descentralização, fica complicado. Mas vamos falar daqui. Segundo o jornal ANotícia e o jornal Diário Catarinense, o montante de R$ 7,5 milhões estava sendo destinado para a construção de três novas escolas, para acabar com o turno intermediário. Foi colocado, também, que hoje, em Joinville, há muitas crianças no turno intermediário.
A matéria diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"No início do quinto ano de governo, Luiz Henrique voltou a se queixar da herança recebida do governo anterior.
[...]
As três escolas anunciadas ontem abrem a fase de construções em Joinville no governo de Luiz Henrique: desde 2003, o Estado não construiu nenhuma unidade nova na cidade. Apenas investiu na recuperação de escolas, o que não impediu a interdição de prédios pela Vigilância Sanitária."
Agora, há uma coisa aqui que me deixa muito estagnado!
(Continua lendo.)
"A construção das escolas ficará sob a responsabilidade da Prefeitura. Cada unidade deverá receber mil matrículas, desafogando escolas vizinhas."
Quando lemos uma notícia dessas, deputado Clésio Salvaro, nós vibramos! Mas há um ponto e depois continua a frase assim:
(Continua lendo.)
"Ainda não existe data para o início das obras."[sic]
Então, fazer um movimento para anunciar a colocação de uma intenção, sem início de obra! Eu pensava que o governador iria anunciar o início das obras e entregar a ordem de serviço! Mas não, ele foi lá só para dizer que estava repassando o dinheiro do art. 170, que estava repassando o dinheiro do transporte escolar, como se isso, deputado Pedro Uczai, fosse obra da descentralização. Isso é garantido por lei, é obrigação!
O Sr. Deputado Renato Hinnig - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Pois não!
O Sr. Deputado Renato Hinnig - Deputado Kennedy Nunes, só para lhe informar melhor, quero dizer a v.exa. que a liberação foi de R$ 22,5 milhões, se contarmos com o transporte escolar, com o art. 170 e mais a reforma das 14 unidades de Joinville e das três unidades dos municípios de São Francisco do Sul e Joinville.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Isso está me fazendo lembrar a reforma administrativa. O Sérgio Alves fazia uma coisa, o Ivo Carminati falava outra, os deputados da base falaram em R$ 18 milhões, anunciam R$ 20 milhões e v.exa. vem com R$ 22,5 milhões. Isso é mágico!
O Sr. Deputado Renato Hinnig - É típico de quem não consegue fazer a leitura correta.
O SR. DEPUTADO RENATO HINNIG - Talvez seja, então, a imprensa ou a sua base de governo, porque só estou refletindo aquilo...
O Sr. Deputado Renato Hinnig - Eu estou lhe passando a informação correta.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Então, está bem!
Mas, srs. deputados, neste um minuto e meio que me resta - eu gostaria que os deputados Nilson Gonçalves e Darci de Matos me ouvissem -, eu vou fazer a leitura de um e-mail que recebi de uma professora de Joinville:
(Passa a ler.)
"Manifesto de uma família brasileira
Infelizmente, na cidade de Joinville, Estado de Santa Catarina, País: Brasil, nesta terça-feira, mais uma vítima fatal de leptospirose e por conseqüência da incompetência do SUS. ESSE SISTEMA falido que não foi capaz de detectar a doença nas três visitas que o paciente, meu filho, Carlos Roberto Lehmert, fez, sugerindo os médicos do PA-SUL, para ele tratar-se em casa pois diagnosticaram uma simples infecção aguda das vias aéreas superiores! Os prontuários de atendimento do SUS estão comigo para quem quiser ver.
Que Deus ampare o meu filho que foi vítima de negligência, imprudência e imperícia médica, despreparo mesmo desses médicos que atendem nos Prontos Atendimentos de Joinville, muitas vezes sem respeito às pessoas, afinal as reclamações são muitas, até por falta de competência desses profissionais, além de aceitarem o descaso governamental, que não lhes dá estrutura para trabalhar.
Meu filho foi mais uma vítima do SUS. Deixou sua família em desamparo. Poderia ter sido qualquer um de nós, eu ou você que está lendo essa matéria nesse momento, independentemente de nossas condições ou domicílios. Todos estão sujeitos por qualquer circunstância a cair em hospital do SUS, não é verdade?
MAIS UMA VEZ TEMOS QUE CITAR O CLICHÊ: DESCASO TOTAL COM A VIDA HUMANA.
O GOVERNO NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA O SANEAMENTO BÁSICO.
(...)
VENINA DE MIRANDA LEHMERT." [sic]
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Eu, ontem, assomei à tribuna para falar sobre o evento que eu fui e que aconteceu, ontem, em Joinvile. No início do evento, eu encontrei lá o deputado Darci de Matos, mas como eu e a minha bancada tínhamos um almoço com o procurador que estaria aqui assumindo a promotoria pública, não pudemos ficar até o final. Mas hoje, ouvindo os deputados Nilson Gonçalves e Darci de Matos falarem a respeito do evento que aconteceu em Joinville, eu fiquei sem entender algumas coisas.
O convite que nós recebemos e a informação que saiu, hoje, na imprensa é que o governo do estado teria liberado um pacote de R$ 20 milhões para a Educação. O deputado Nilson Gonçalves tem em suas mãos um papel e o deputado Darci de Matos afirma que são 18 milhões de reais e mais alguma coisa, ou seja, 10% de diferença. O anúncio é de R$ 20 milhões, mas na verdade são R$ 18 milhões.
E o que me preocupa, é quando a bancada da Situação vem aqui falar das obras que estariam sendo inauguradas, porque parte desses R$ 18 milhões que foram anunciados, ontem, em Joinville, para a Educação, deputado Jandir Bellini, são referentes ao art. 170. O que é isso? Obrigação! Parte do outro dinheiro, em torno de R$ 5 milhões, é para o transporte escolar. O que é isso? Obrigação!
Então, fazer desse papel de obrigação, que está garantido por lei, como se fosse uma obra da descentralização, fica complicado. Mas vamos falar daqui. Segundo o jornal ANotícia e o jornal Diário Catarinense, o montante de R$ 7,5 milhões estava sendo destinado para a construção de três novas escolas, para acabar com o turno intermediário. Foi colocado, também, que hoje, em Joinville, há muitas crianças no turno intermediário.
A matéria diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"No início do quinto ano de governo, Luiz Henrique voltou a se queixar da herança recebida do governo anterior.
[...]
As três escolas anunciadas ontem abrem a fase de construções em Joinville no governo de Luiz Henrique: desde 2003, o Estado não construiu nenhuma unidade nova na cidade. Apenas investiu na recuperação de escolas, o que não impediu a interdição de prédios pela Vigilância Sanitária."
Agora, há uma coisa aqui que me deixa muito estagnado!
(Continua lendo.)
"A construção das escolas ficará sob a responsabilidade da Prefeitura. Cada unidade deverá receber mil matrículas, desafogando escolas vizinhas."
Quando lemos uma notícia dessas, deputado Clésio Salvaro, nós vibramos! Mas há um ponto e depois continua a frase assim:
(Continua lendo.)
"Ainda não existe data para o início das obras."[sic]
Então, fazer um movimento para anunciar a colocação de uma intenção, sem início de obra! Eu pensava que o governador iria anunciar o início das obras e entregar a ordem de serviço! Mas não, ele foi lá só para dizer que estava repassando o dinheiro do art. 170, que estava repassando o dinheiro do transporte escolar, como se isso, deputado Pedro Uczai, fosse obra da descentralização. Isso é garantido por lei, é obrigação!
O Sr. Deputado Renato Hinnig - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Pois não!
O Sr. Deputado Renato Hinnig - Deputado Kennedy Nunes, só para lhe informar melhor, quero dizer a v.exa. que a liberação foi de R$ 22,5 milhões, se contarmos com o transporte escolar, com o art. 170 e mais a reforma das 14 unidades de Joinville e das três unidades dos municípios de São Francisco do Sul e Joinville.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Isso está me fazendo lembrar a reforma administrativa. O Sérgio Alves fazia uma coisa, o Ivo Carminati falava outra, os deputados da base falaram em R$ 18 milhões, anunciam R$ 20 milhões e v.exa. vem com R$ 22,5 milhões. Isso é mágico!
O Sr. Deputado Renato Hinnig - É típico de quem não consegue fazer a leitura correta.
O SR. DEPUTADO RENATO HINNIG - Talvez seja, então, a imprensa ou a sua base de governo, porque só estou refletindo aquilo...
O Sr. Deputado Renato Hinnig - Eu estou lhe passando a informação correta.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Então, está bem!
Mas, srs. deputados, neste um minuto e meio que me resta - eu gostaria que os deputados Nilson Gonçalves e Darci de Matos me ouvissem -, eu vou fazer a leitura de um e-mail que recebi de uma professora de Joinville:
(Passa a ler.)
"Manifesto de uma família brasileira
Infelizmente, na cidade de Joinville, Estado de Santa Catarina, País: Brasil, nesta terça-feira, mais uma vítima fatal de leptospirose e por conseqüência da incompetência do SUS. ESSE SISTEMA falido que não foi capaz de detectar a doença nas três visitas que o paciente, meu filho, Carlos Roberto Lehmert, fez, sugerindo os médicos do PA-SUL, para ele tratar-se em casa pois diagnosticaram uma simples infecção aguda das vias aéreas superiores! Os prontuários de atendimento do SUS estão comigo para quem quiser ver.
Que Deus ampare o meu filho que foi vítima de negligência, imprudência e imperícia médica, despreparo mesmo desses médicos que atendem nos Prontos Atendimentos de Joinville, muitas vezes sem respeito às pessoas, afinal as reclamações são muitas, até por falta de competência desses profissionais, além de aceitarem o descaso governamental, que não lhes dá estrutura para trabalhar.
Meu filho foi mais uma vítima do SUS. Deixou sua família em desamparo. Poderia ter sido qualquer um de nós, eu ou você que está lendo essa matéria nesse momento, independentemente de nossas condições ou domicílios. Todos estão sujeitos por qualquer circunstância a cair em hospital do SUS, não é verdade?
MAIS UMA VEZ TEMOS QUE CITAR O CLICHÊ: DESCASO TOTAL COM A VIDA HUMANA.
O GOVERNO NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA O SANEAMENTO BÁSICO.
(...)
VENINA DE MIRANDA LEHMERT." [sic]
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)