Pronunciamento

Julio Garcia - 014ª SESSÃO ORDINARIA

Em 27/03/2001
O SR. DEPUTADO JULIO GARCIA - A importância do pronunciamento do Deputado Herneus de Nadal me faz com que na condição de Líder do PFL eu ceda os nove minutos do nosso Partido para que possa o Deputado Herneus de Nadal concluir o seu pronunciamento.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco de Assis) - Uma vez que o PFL não tinha utilizado o seu tempo, ele seria rateado entre todos os Partidos. A Presidência propõe que o PMDB utilize então mais 4 minutos do PFL e deixe alguns para o PT, que não utilizou e teria direito de utilizar.
O SR. DEPUTADO HERNEUS DE NADAL - Sem problema nenhum. Nós agradecemos, Deputado e Líder da Bancada do PFL, Deputado Júlio Garcia, a deferência.
Mas este foi o verdadeiro tiro dado no próprio pé. A perseguição política-partidária, revestida da vileza da mesquinhez, por parte dos ocupantes do Poder em Santa Catarina, Deputado Manoel Mota, acabaram agora dentro da própria casa.
Nós queremos igualdade de tratamento, nós queremos isonomia. É um princípio elementar do direito, para que dessa forma essa medida seja estendida aos demais. A todos. Desde que se iniciou a Celesc aqui no Estado de Santa Catarina nós queremos o mesmo tratamento. Só em mentes, Deputado Manoel Mota. Só em mentes pequenas, curtas, é que se poderia antever um desfecho diferente.
Agora temos, inclusive, Deputado Manoel Mota, Deputados, Colegas nossos, ou melhor, Deputado Colega nosso, também incluído como réu nesta ação popular. E na verdade, volto a dizer, Deputado Manoel Mota, o causídico que fez a afirmação, o Governador Paulo Afonso, aquele do episódio das Letras, agora vê o seu irmão também processado nos episódio das Letras.
Por isso, Deputado, nada melhor do que um dia depois do outro e a máxima sempre presente, de que o tempo é o senhor da razão.
Mas, Deputado Manoel Mota, vou pedir escusas a V.Exa. e gostaria de ouvir o nobre Colega João Henrique Blasi.
O Sr. Deputado João Henrique Blasi - Deputado Herneus de Nadal, eu desejo apenas cumprimentar V.Exa. pelo pronunciamento e endossar, se é que posso, as palavras proferidas por V.Exa., quando se refere a algo que é indisfarçável neste processo, que é a perseguição política em um processo no qual as vítimas, os réus, foram escolhidos a dedo. Em um universo de servidores com a mesma situação resolveu-se escolher alguns a dedo, porque filiados a determinado Partido, para que estes e apenas estes, figurassem no polo passivo da ação popular.
Por isso, é indisfarçável! Eu tenho conhecimento de causa nesse processo, até por uma atuação profissional que tive e, sem sombra de dúvida, o que está muito bem evidenciado. E V.Exa. o colocou com muita clareza, é o desvio de finalidade, o desvio de poder, a escolha aleatória de alguns, dentre muitos, parecerem réus de um processo.
O SR. DEPUTADO HERNEUS DE NADAL - Deputado João Henrique Blasi, há um outro adágio popular que diz de que a justiça tarda mas não falha. Tenho certeza, tenho a convicção inequívoca de que o Poder Judiciário corrigindo a situação que foi nominada, aqui, pelo nobre Colega, Deputado Ronaldo Benedet, vai fazer, de fato, justiça.
Era essa a nossa manifestação. Não sei se o Deputado... Era esta a nossa manifestação, Sr. Presidente, Srs. Deputados, obrigado pela atenção.
(SEM REVISÃO O ORADOR)