Pronunciamento
Dr Vicente - 063ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 11/08/2015
O SR. DEPUTADO DR. VICENTE CAROPRESO - Sr. presidente, sras. parlamentares e srs. parlamentares, pessoas que nos acompanham pela Rádio e pela TV, funcionários da Casa.
Presidente, existem coisas que vamos engolindo até um determinado tempo, mas depois passa a ser algo tão indigesto que não dá mais para conter a realidade de determinadas situações, então, vou passar a ler alguns trechos e comentar outros a respeito da Segurança Pública, no que diz respeito à presença de policiais civis em Santa Catarina.
Recebi, nesta semana, um ofício da polícia de Jaraguá do Sul - que será encaminhado por meu intermédio ao governador Raimundo Colombo - e vou utilizar as próprias palavras do remetente para comunicar aos senhores e às senhoras do que se trata esse ofício.
(Passa a ler.)
"Venho por meio deste, informar a respeito da caótica situação de efetivo de policiais civis que se encontra a nossa comarca de Jaraguá do Sul e região.
Segundo dados do setor de recursos humanos da Polícia Civil, dentre as 30 regionais de polícias pesquisadas, apesar de sua importância e contribuição para o estado de Santa Catarina, Jaraguá do Sul encontra-se em antepenúltimo lugar na relação número de habitantes versus policial civil."
O delegado chama a atenção dizendo que essa situação perdura há décadas e que por vários anos Jaraguá do Sul ocupou a nada honrosa última colocação nesse ranking, sr. presidente.
Volto às palavras do delegado.
(Continua lendo.)
"Em razão disso, apesar dos esforços incansáveis de nossos poucos, mas valorosos policiais, uma carga incontrolável de procedimentos encontra-se acumulada nesta delegacia, o que representa um grave prejuízo para toda a sociedade, considerando a total impossibilidade de proporcionar a resposta adequada de que ela tanto necessita."
Colegas parlamentares, senhoras e senhores aqui presentes, está dado o recado da insegurança na qual vive a população de Jaraguá do Sul e região, onde eu vivo e tenho que representar. Possui o quinto maior PIB do estado, município em constante crescimento e que vem sendo alvo da ação do crime organizado e que, nos últimos anos, vem sofrendo muitos assaltos a bancos, a lotéricas, a casas de comércio e residências. Já estive aqui, nesta tribuna, também reportando o inconformismo daquela população com o baixo número de policiais militares por número de habitantes. Sabemos que o ideal é um policial militar para cada 400 habitantes. Em Jaraguá do Sul e região temos apenas um terço disso, aproximadamente um policial militar para cada 1.100 habitantes. Já a relação de policiais civis por habitantes, em Jaraguá do Sul e região, é de um policial civil para cada 3.482 habitantes. Para fazer uma comparação, esta ilha maravilhosa, Florianópolis, que é a cidade mais bem atendida, tem um policial civil para cada 600 habitantes, ou seja, seis vezes menos habitantes por policial civil do que existe em Jaraguá do Sul.
O que será que possuem de especial algumas cidades em relação às outras para manter essa discrepância de números gritantes de policiais? A sua bela geografia? Ter gente mais importante, como desembargadores, procuradores, políticos, oficiais, generais e cúpulas militares e eclesiásticas? Será que isso vale mais do que as outras regiões? Parece que há uma insensibilidade crônica dos que passam pelas secretarias de segurança e a estatística não muda, continua sempre a mesma coisa. Será que precisaremos abrir uma Comissão Especial para investigar essa situação? Porque todos os dados apontam que há uma migração do crime organizado das capitais e grandes cidades, para cidades do interior, sr. presidente, srs. deputados. E as preferidas dos mal feitores são aquelas que têm uma boa qualidade de vida e alta geração de renda, como é caso de Jaraguá do Sul e outras cidades. Um policial civil para cada 3.482 habitantes! É realmente uma afronta, um descaso com a segurança da população, que não pode passar em branco.
Fica aqui, portanto, registrado o protesto do delegado Adriano Spolaor e o meu próprio, em nome da população de Jaraguá do Sul e da região da Amvali. Isso não pode e não vai continuar assim!
Aqui eu trago, sr. presidente, srs. deputados, o ranking que vai de um a 30; Blumenau é o péssimo, com 4.074 habitantes por policial civil; depois vem Brusque, 3.522; depois, no honroso terceiro lugar, de baixo para cima, Jaraguá do Sul, 3.482; a linda e bela Joinville, 3.362; de cima para baixo aparece Florianópolis, com 600; Joaçaba, 845 e Ituporanga, com 1.034. Realmente, esses números precisam mudar. Todas as regiões devem ser atendidas de uma maneia igual com a presença de mais policiais civis e militares. Portanto, como uma das minhas bandeiras é, e continuará sendo até o último momento, a Segurança Pública, venho aqui falar desta tribuna, que é um local de irradiação para toda a imprensa catarinense, para todo mundo político catarinense, mais uma vez, apelar ao secretário de Segurança Pública e, principalmente, a quem tem a caneta, o sr. governador, para que ele ajude a romper essa barreira do descaso de décadas com Jaraguá do Sul e região, continuando nessa vergonha, que é o terceiro lugar, de baixo para cima, em termos de presença de policiais.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Presidente, existem coisas que vamos engolindo até um determinado tempo, mas depois passa a ser algo tão indigesto que não dá mais para conter a realidade de determinadas situações, então, vou passar a ler alguns trechos e comentar outros a respeito da Segurança Pública, no que diz respeito à presença de policiais civis em Santa Catarina.
Recebi, nesta semana, um ofício da polícia de Jaraguá do Sul - que será encaminhado por meu intermédio ao governador Raimundo Colombo - e vou utilizar as próprias palavras do remetente para comunicar aos senhores e às senhoras do que se trata esse ofício.
(Passa a ler.)
"Venho por meio deste, informar a respeito da caótica situação de efetivo de policiais civis que se encontra a nossa comarca de Jaraguá do Sul e região.
Segundo dados do setor de recursos humanos da Polícia Civil, dentre as 30 regionais de polícias pesquisadas, apesar de sua importância e contribuição para o estado de Santa Catarina, Jaraguá do Sul encontra-se em antepenúltimo lugar na relação número de habitantes versus policial civil."
O delegado chama a atenção dizendo que essa situação perdura há décadas e que por vários anos Jaraguá do Sul ocupou a nada honrosa última colocação nesse ranking, sr. presidente.
Volto às palavras do delegado.
(Continua lendo.)
"Em razão disso, apesar dos esforços incansáveis de nossos poucos, mas valorosos policiais, uma carga incontrolável de procedimentos encontra-se acumulada nesta delegacia, o que representa um grave prejuízo para toda a sociedade, considerando a total impossibilidade de proporcionar a resposta adequada de que ela tanto necessita."
Colegas parlamentares, senhoras e senhores aqui presentes, está dado o recado da insegurança na qual vive a população de Jaraguá do Sul e região, onde eu vivo e tenho que representar. Possui o quinto maior PIB do estado, município em constante crescimento e que vem sendo alvo da ação do crime organizado e que, nos últimos anos, vem sofrendo muitos assaltos a bancos, a lotéricas, a casas de comércio e residências. Já estive aqui, nesta tribuna, também reportando o inconformismo daquela população com o baixo número de policiais militares por número de habitantes. Sabemos que o ideal é um policial militar para cada 400 habitantes. Em Jaraguá do Sul e região temos apenas um terço disso, aproximadamente um policial militar para cada 1.100 habitantes. Já a relação de policiais civis por habitantes, em Jaraguá do Sul e região, é de um policial civil para cada 3.482 habitantes. Para fazer uma comparação, esta ilha maravilhosa, Florianópolis, que é a cidade mais bem atendida, tem um policial civil para cada 600 habitantes, ou seja, seis vezes menos habitantes por policial civil do que existe em Jaraguá do Sul.
O que será que possuem de especial algumas cidades em relação às outras para manter essa discrepância de números gritantes de policiais? A sua bela geografia? Ter gente mais importante, como desembargadores, procuradores, políticos, oficiais, generais e cúpulas militares e eclesiásticas? Será que isso vale mais do que as outras regiões? Parece que há uma insensibilidade crônica dos que passam pelas secretarias de segurança e a estatística não muda, continua sempre a mesma coisa. Será que precisaremos abrir uma Comissão Especial para investigar essa situação? Porque todos os dados apontam que há uma migração do crime organizado das capitais e grandes cidades, para cidades do interior, sr. presidente, srs. deputados. E as preferidas dos mal feitores são aquelas que têm uma boa qualidade de vida e alta geração de renda, como é caso de Jaraguá do Sul e outras cidades. Um policial civil para cada 3.482 habitantes! É realmente uma afronta, um descaso com a segurança da população, que não pode passar em branco.
Fica aqui, portanto, registrado o protesto do delegado Adriano Spolaor e o meu próprio, em nome da população de Jaraguá do Sul e da região da Amvali. Isso não pode e não vai continuar assim!
Aqui eu trago, sr. presidente, srs. deputados, o ranking que vai de um a 30; Blumenau é o péssimo, com 4.074 habitantes por policial civil; depois vem Brusque, 3.522; depois, no honroso terceiro lugar, de baixo para cima, Jaraguá do Sul, 3.482; a linda e bela Joinville, 3.362; de cima para baixo aparece Florianópolis, com 600; Joaçaba, 845 e Ituporanga, com 1.034. Realmente, esses números precisam mudar. Todas as regiões devem ser atendidas de uma maneia igual com a presença de mais policiais civis e militares. Portanto, como uma das minhas bandeiras é, e continuará sendo até o último momento, a Segurança Pública, venho aqui falar desta tribuna, que é um local de irradiação para toda a imprensa catarinense, para todo mundo político catarinense, mais uma vez, apelar ao secretário de Segurança Pública e, principalmente, a quem tem a caneta, o sr. governador, para que ele ajude a romper essa barreira do descaso de décadas com Jaraguá do Sul e região, continuando nessa vergonha, que é o terceiro lugar, de baixo para cima, em termos de presença de policiais.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)