Pronunciamento

Aldo Schneider - 042ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 30/04/2014
O SR. DEPUTADO ALDO SCHNEIDER - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital.
Na semana passada ocupamos esta tribuna para comunicar a Santa Catarina e a todos os nossos telespectadores sobre a pré-convenção que o PMDB realizaria no dia 26, onde estaríamos, naquele momento, debatendo duas teses.
A primeira tese seria a candidatura própria, oriunda dos quadros do PMDB, com um companheiro ou uma companheira que fosse o nosso candidato a governador ou a governadora; e a segunda tese, seria a manutenção da atual aliança com o governador João Raimundo Colombo e obviamente com o PSD.
Depois de um trabalho extremamente exaustivo desenvolvido pelos defensores das duas teses, tanto da candidatura própria quanto da coligação, chegamos, no sábado, com uma festa grandiosa em que mais de 520 delegados estiveram aqui na Assembleia Legislativa depositando o seu voto.
Foram 588 votos em função dos votos cumulativos e a partir deste momento definimos qual o posicionamento do PMDB, um partido respeitado em Santa Catarina pela sua grandeza, pelos quadros que temos através dos nossos vereadores, das nossas vereadoras, prefeitas, prefeitos, deputados, deputadas, senadoras, e logicamente também com o nosso vice-governador.
E, a partir desta disputa de ideias, acabou prevalecendo pela grande maioria de companheiros a manutenção pela atual aliança, juntamente com o governador João Raimundo Colombo e obviamente com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira.
Essa tese, logicamente, teve 61% dos votos, contra 39% da tese que defendia candidatura própria, e essa tese da candidatura própria é liderada pelo deputado federal Mauro Mariani, pelo ex-prefeito de Florianópolis Dário Berger, pelo deputado estadual Carlos Chiodini e pelo ex-governador Paulo Afonso. Essas lideranças fizeram uma cruzada por todo estado de Santa Catarina, defendendo que o PMDB deveria ter, neste momento, para apresentar para Santa Catarina, uma candidatura oriunda eminentemente dos quadros do PMDB.
Mas, por uma grande maioria, os nossos companheiros, delegados e delegadas acharam que deveríamos, neste momento, continuar na atual aliança, exatamente porque fizemos parte deste governo desde a reeleição do governador João Raimundo Colombo, e evidentemente como principal sócio desta jornada administrativa que a comunidade catarinense escolheu.
Até porque o PMDB, no momento da eleição de 2010, foi o partido que mais deputados estaduais e federais fez. Elegemos, juntamente com o PSD e PSDB, que são nossos parceiros, o senador Luiz Henrique da Silveira, e, com a ascensão ao cargo de governador de João Raimundo Colombo, assumiu também o senado o primeiro suplente, o ex-governador de Santa Catarina, Casildo Maldaner.
Então, diante desses fatos, nós, que fizemos parte do atual governo, sentimos, e eu particularmente, até porque ocupamos muitas funções e posições estratégicas dentro do governo. Seria um contrassenso, deputado Ismael dos Santos, neste momento, entendermos que o governo não serve, que o governo não está realizando as necessidades do povo catarinense.
Mesmo que nós defendêssemos a questão da candidatura própria, deveríamos ter feito isso há um ano, ou um ano e meio atrás. Como não o fizemos, nada mais justo do que mantermos a coerência. Se fomos eleitos para governar juntamente com o PSD e com o governador João Raimundo Colombo, nós vamos até o final deste governo com este propósito.
Foi isso que nós apresentamos em 2010 para o povo catarinense. E agora, com a decisão do PMDB logicamente, nós, que estamos também com a nossa pré-candidatura já anunciada, trabalhando juntamente com o deputado Rogério Mendonça, que também está com o seu nome como pré-candidato a deputado federal, e nós lá na região do vale de Itajaí, temos uma militância muito aguerrida, muito leal e, acima de tudo, comprometida com os interesses da região e de Santa Catarina.
Prova disso que mais 90% dos delegados do vale do Itajaí optaram pela manutenção da aliança com o atual governador, exatamente pelo trabalho realizado nesses três anos e três meses em todas as áreas. Eu não vou aqui nominar esta ou aquela área, mas em todas as áreas.
O que importa disso tudo é que temos companheiros e companheiras que fizeram parte deste governo na condição de secretários. Aqui posso citar o deputado estadual Valdir Cobalchini, na pasta de Infraestrutura, a deputada Ada De Luca, na secretaria da Justiça e Cidadania. E, logicamente, que esses dois companheiros se desincompatibilizaram para que possam concorrer ao pleito agora de outubro próximo.
Então, quero dizer aqui que o PMDB manteve a coerência. O PMDB não teve, naquele momento, vencido ou vencedores. Estávamos discutindo ali duas teses, um das duas, obviamente, seria a vitoriosa, mas temos que ter aqui o reconhecimento muito grande por aqueles companheiros que não comungavam do nosso projeto, da nossa tese.
Esses companheiros são muito importantes. O PMDB apenas será grande se mantiver a unidade. Portanto, ele é um partido que realmente faz a diferença em qualquer pleito majoritário em Santa Catarina.
Aproveito esta tribuna para solicitar a todos aqueles companheiros e companheiras que até o dia 26 pensavam diferente de nós, que aquela tese vencedora é a tese de todo o grupo, ou seja, do PMDB, dos 105 prefeitos, dos dez deputados estaduais, dos cinco deputados federais, dos dois senadores, do vice-governador e de todos os nossos delegados até porque apenas podemos estar numa coligação ou ter uma candidatura própria a partir do momento em que saiamos unidos, para que a partir dessa unidade, possamos, efetivamente, trazer companheiros, companheiras para a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal.
Então, gostaria de, em primeiro lugar, prestar o meu reconhecimento e respeito pelo trabalho que cada grupo fez; em segundo lugar, gostaria de dizer que o resultado foi justo, na minha concepção, até porque tivemos, durante esses três anos e três meses propriamente ditos, a oportunidade de sair do governo, como nós não o fizemos, temos que manter a coerência; em terceiro lugar, quero dizer que esta vitória não é do grupo "a" ou do grupo "b", é uma vitória do PMDB, pois juntos, com essa unidade que pregamos e necessitamos, vamos fazer a diferença no pleito de outubro vindouro.
Seria isso, sr. presidente!
Agradeço a atenção das sras. deputados e dos srs. deputados, e, repetindo, o resultado da pré-convenção do último dia 26 foi em favor da aliança. Logicamente, estamos aqui para defender a pré-candidatura que o PMDB apresentará ao povo catarinense junto com o PSD e os demais partidos que irão compor essa aliança, liderada pelo governador João Raimundo Colombo.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)